Apple 30 Nov
Atualização (01/12/22) - JB
Elon Musk visitou a Apple após acusar a empresa de querer remover o Twitter da App Store do iPhone. O caso repercutiu muito na rede social, uma vez que o bilionário associou essa possível remoção a uma violação da "liberdade de expressão".
Agora, Musk volta ao Twitter para dizer que tudo não passou de um "engano". De acordo com o bilionário, Tim Cook, CEO da empresa de Cupertino, disse que a Apple nunca considerou remover a rede social da sua loja de aplicativos.
Boa conversa. Entre outras coisas, resolvemos o mal-entendido sobre a possível remoção do Twitter da App Store. Tim deixou claro que a Apple nunca pensou em fazer isso - disse Musk.
Cabe lembrar que Elon Musk começou a reclamar da Apple após a empresa deixar de anunciar no Twitter. Para piorar ainda mais as coisas, o bilionário também compartilhou uma postagem de um usuário falando sobre a taxa de 30% que a empresa do iPhone cobra dos desenvolvedores.
No entanto, ainda não sabemos se o caso está totalmente resolvido e se a Apple voltará a anunciar na rede social.
Texto original (29/12/22)
Envolvido em mais uma polêmica, Elon Musk acusou nesta segunda-feira (28) a Apple de tentar boicotar o Twitter por, nas palavras dele, "odiar a liberdade de expressão nos EUA". A acusação se deu porque o bilionário notou a diminuição de propaganda da empresa veiculada na rede social.
De acordo com levantamento feito pelo Washington Post, a Apple foi a principal anunciante do Twitter no primeiro trimestre de 2022, com um orçamento aproximado de US$ 48 milhões, o que representa cerca de 4% de toda a receita da plataforma. Segundo os documentos, na semana de 10 a 16 de novembro, estima-se que a Apple tenha gasto cerca de US$ 131.600 em publicidade, enquanto na semana anterior à finalização da aquisição, de 16 a 22 de outubro, gastou aproximadamente US$ 220.800.
Apple has mostly stopped advertising on Twitter. Do they hate free speech in America?
— Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022
Em seguida, Musk disparou a publicar tuítes e a retuitar apoiadores que acusavam a empresa de monopólio e censura. Ele abriu uma enquete questionando se seus 119 milhões de seguidores se eles achavam que a Apple deveria divulgar todas as ações de controle que tomaram e que afetam seus consumidores. Em uma das publicações, ele marcou CEO da Apple, Tim Cook, pedindo um posicionamento.
Até o momento, a interação recebeu 1.986.993 votos, com 84,8% dizendo sim e 15,2% votando não.
O dono do Twitter também acusou a Apple de ameaçar tirar o aplicativo da rede social da App Store sem dar nenhuma justificativa. Então, ele retuita um usuário que a empresa taxa em 30% os desenvolvedores de app que lucram mais de US$ 1 milhão. "Os arquivos do Twitter sobre a supressão da liberdade de expressão serão publicados em breve no próprio Twitter. O público merece saber o que realmente aconteceu...", escreve Musk.
The Twitter Files on free speech suppression soon to be published on Twitter itself. The public deserves to know what really happened …
— Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022
Ele conclui a série de acusações com a constatação: "Esta é uma batalha pelo futuro da civilização. Se a liberdade de expressão for perdida mesmo na América, a tirania é tudo o que está por vir."
Vale ressaltar que, desde a aquisição do Twitter por Musk, a Apple já aprovou cinco atualizações para o app oficial. A rede social, no entanto, recebe alerta também da Play Store por causa do conteúdo veiculado na plataforma. A política de ambas as lojas virtuais exige que os apps tenham sistema de moderação adequados. No caso da rede social Parler, que reuniu extremistas de direita e não tinha nenhuma moderação, ela foi removida rapidamente dos dois locais.
O Twitter já vem sendo acusado de ter contas que veiculam o ódio ou maior manifestação de bots do governo chinês que boicotam manifestações de cidadãos contra a política de Covid Zero. Musk iniciou recentemente o processo de reativação de contas que antes haviam sido banidas, como a do ex-presidente dos EUA Donald Trump e o rapper Kanye West.
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