Advogados da Tesla afirmaram que a empresa fracassou na criação de veículos totalmente autônomos. A fala dos representantes da montadora de Elon Musk foi em um processo por uma suposta fraude cometida pela companhia sobre os carros dirijirem sozinhos.

A ação foi movida após Musk prometer, em 2015, que os carros da marca seriam “totalmente autônomos em dois anos ou menos”. Entretanto, essa promessa não foi cumprida e isso fez motivou a abertura de processos contra a montadora.

O sistema Full Self Driving (FSD) dos carros da Tesla foi alvo de uma ação coletiva. Apesar do nome, e o alto custo de US$ 15 mil, a tecnologia ainda não permite que os carros da marca dirijam sozinhos, o que abriu brechas para acusações de fraude.

Por sua vez, os advogados da Tesla admitiram no pedido de arquivamento do processo, no último dia 28 de novembro, que a montadora fracassou em alcançar o objetivo nos prazos do CEO Elon Musk, mas garante que não existiu fraude na promessa.

“O mero fracasso em realizar uma meta de longo prazo não pode ser considerado fraude”, argumentaram os advogados da Tesla.

O processo cita as diversas vezes que Musk e outros executivos da Tesla afirmaram que os carros da fabricante se tornariam totalmente autônomos no período de dois anos por meio de uma atualização para o software que equipa os veículos.

O documento também destaca um vídeo em que um dos veículos da Tesla aparece sendo guiado sozinho. Porém, funcionários alegam que o conteúdo é falso e foram necessárias várias tentativas até o carro realizar as manobras sem erros.

Também é citado no processo os acidentes causados pelo assistente de direção Autopilot da Tesla. O software foi criado para evitar colisões entre os carros e pedestres, mas o sistema registrou falhas significativas que resultaram até em mortes de pessoas.