Windows 31 Mar
O Google Cloud, divisão de tecnologia em nuvem da Alphabet, afirma que as práticas de computação em nuvem adotadas pela Microsoft são anticompetitivas. A acusação envolve contratos firmados pela empresa de software com fornecedores na Europa, afirmando que essas medidas não resolvem preocupações mais amplas sobre licenciamentos.
Em entrevista à Reuters, o vice-presidente do Google Cloud, Amit Zavery, confirmou que o caso será levado às autoridades antitruste da União Europeia para que a acusação seja apurada pelos órgãos reguladores. Ele alega que seus clientes relatam dificuldade na escolha de outro provedor de nuvem devido o licenciamento e preços empregados pelo rival.
“Quando conversamos com muitos de nossos clientes, eles descobrem que muitas dessas práticas de agrupamento de serviços, bem como a maneira como criam restrições de preços e licenciamento, tornam difícil para eles escolherem outros provedores de serviços”, acrescentou o executivo.
Um porta-voz da Microsoft se posicionou na última quinta-feira (30) dizendo que "estamos comprometidos com a comunidade de computação em nuvem da Europa e com seu sucesso", mas sem revelar informações. A Comissão Europeia não comentou o assunto e não há previsão para início das investigações.
"A Microsoft definitivamente tem uma postura muito anticompetitiva na nuvem. Eles estão aproveitando muito de seu domínio nos negócios locais, bem como no Office 365 e no Windows, para amarrar o Azure e o restante dos serviços em nuvem e dificultar o acesso e escolha dos clientes", afirma Zavery.
Essa acusação revisita o caso que aconteceu em 2022 envolvendo as medidas de licenciamento do Microsoft Azure. Na ocasião, a companhia norte-americana se posicionou publicamente concordando com parte das imputações reforçando que “embora nem todas as reivindicações sejam válidas, algumas delas são, e faremos mudanças para resolvê-las”.
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