Jogos 26 Out
O Google confirmou, em tribunal, que já ofereceu à Epic Games um acordo de US$ 147 milhões (cerca de R$ 725 milhões) para disponibilizar o Fortnite na Google Play Store para dispositivos Android. O contrato proposto, aprovado pela vice-oresidente de parcerias de jogos do Google, Purnima Kochikar, previa o pagamento ao longo de três anos como financiamento incremental para a Epic Games, segundo reportagem do portal The Verge.
A ideia era conter o risco de aplicativos populares evitarem a Play Store, o que prejudicaria perads das lucrativas taxas de compra dentro do aplicativo cobradas pelo Google.
Embora a Epic tenha inicialmente lançado o Fortnite para Android em 2018 fora da Play Store, em 2020, o jogo foi disponibilizado na plataforma, citando questões de segurança e desvantagens competitivas.
A Epic, em um processo antitruste, alega que essa decisão inicial gerou pânico no Google, que temia outros desenvolvedores de jogos seguindo o exemplo. Documentos internos apresentados em tribunal sugerem que o Google tentou evitar isso oferecendo benefícios especiais ou até mesmo comprando a Epic.
Estes documentos detalham a preocupação do Google com um "risco de contágio", prevendo a possível deserção em massa de desenvolvedores de jogos da Play Store nos anos subsequentes à decisão da Epic. A empresa estima perdas diretas de receita entre US$ 130 e US$ 250 milhões devido à ausência do Fortnite e uma perda mais ampla de até US$ 3,6 bilhões se a deserção generalizada ocorresse.
O Google argumenta, por sua vez, que queria, na verdade, evitar a perda de jogos na Play Store. Kochikar afirmou que "simplesmente queríamos que os desenvolvedores escolhessem a Play".
Enquanto isso, a Epic utiliza esses documentos para sustentar sua alegação de que o Google mantém a Play Store como um monopólio ilegal de distribuição de aplicativos para Android. Este acordo em questão não prova tal alegação, mas oferece uma visão intrigante da perspectiva do Google sobre seu negócio de jogos.
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