A Winity exerceu o seu direito de renúncia e desistiu de licença que adquiriu no leilão do 5G. Depois de arrematar o espectro por R$ 1,42 bilhão, a operadora decidiu devolvê-lo à Anatel. Conforme noticiado pelo portal Tecnoblog, o movimento tomado pela companhia tem a ver com acordo firmado com a Vivo.

Esse acordo foi fechado em agosto de 2022 com a operadora e tem como objetivo alugar parte do espectro de 700 MHz. Apesar de ter recebido anuência da Anatel, a agência implementou condicionantes para a situação. Algo que influenciou na renúncia da frequência foi a proibição da Vivo em fazer RAN Sharing em 2.03 GHz e 3,5 GHz em cidades com menos de 100 mil habitantes.

Isso seria válido até o ano de 2030 e a vedação tinha chance de inviabilizar o negócio com a Winity, que dependia do contrato para construir sua infraestrutura. A empresa emitiu uma nota na qual fala sobre o assunto:

Na perspectiva da Winity, a assinatura de contratos de longo prazo para utilização de infraestrutura é condição essencial para viabilizar um modelo de negócio sustentável que permita, de um lado, fazer frente aos investimentos bilionários necessários.

Depois de ter arrematado a licença, a Winity tinha o dever de cumprir compromissos como a construção de cobertura 4G em mais de 55 mil km de rodovias federais. Do mesmo modo, ela deveria atender lugares que ainda não são atendidas por serviços da rede. Em geral, a ideia era atender outras operadoras ao invés do consumidor final.

Mesmo após a desistência, a companhia segue fornecendo infraestrutura para outras empresas do segmento. Ao todo, essa já é a terceira desistência de uma operadora entrante no leilão do 5G. FlyLink e Neko foram as outras companhias que acabaram desistindo de implementarem soluções envolvendo a frequência.

Veja também: os detalhes sobre a operação entre a Telefônica Brasil e a Winity.