Tech 23 Mai
A iFixit, empresa com foco em manutenção de dispositivos, rompeu sua parceria com a Samsung, que era simplesmente um dos primeiros programas de reparo de telefone direto aos consumidores. Além de encerrarem as parcerias entre as marcas, o fundador da iFixit, Kyle Wiens responsabilizou a gigante coreana por não renegociarem um novo contrato.
Segundo Wiens, a Samsung não parece demonstrar interesse em permitir reparos em grande escala. Vale destacar que, enquanto isso, o mesmo tipo de acordo tem se saído bem com o Google, Motorola e HMD.
Apesar de não entrar em detalhes sobre quem tecnicamente rompeu de fato com quem, o CEO da iFixit explica que o principal motivo pelo qual o acordo entre a sua empresa e a gigante coreana não está dando certo é devido ao preço alto das peças da Samsung e seus smartphones que tem estado cada vez mais difíceis de consertar.
Por causa desses dois fatores, os clientes não se interessam mais em pagar a manutenção dos seus dispositivos. Além disso, a Samsung enviou ao iFixit baterias pré-coladas na tela inteira dos smartphones. Em outras palavras, os clientes precisam desembolsar mais de US$ 160, mesmo que seja para trocar uma simples bateria gasta.
Wiens diz que a empresa não faz isso com nenhum outro fornecedor. Em relação a baterias de iPhones e Pixel, o valor pode chega a custar US$ 50 na iFixit. A empresa também afirma que o contrato com a Samsung limitava artificialmente a iFixit para não vender mais do que sete peças por cliente em um período de três meses.
Por fim, outro problema relatado, a iFixit não recebeu novas peças oficiais para os smartphones mais recentes da Samsung, mais precisamente desde a linha Galaxy S22, de 2022, a empresa não adiciona peças oficiais aos celulares. Embora a Samsung tenha adicionado o S23, Z Flip 5 e Z Fold 5 no programa de autorreparo com a iFixit.
iFixit é responsável por avaliar manutenções e reparos em geral de dispositivos, sejam eles computadores pessoais ou até mesmo dispositivos de jogos, como o PlayStation Portal.
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