Depois de “gongar” o Google com o anúncio do ChatGPT-4o um dia antes da expansão do Gemini, a OpenAI agora quer levar seu chatbot de inteligência artificial (IA) a mais pessoas. Para isso, a empresa liderada por Sam Altman criou dois programas de descontos específicos da ferramenta – um voltado a escolas, outro voltado a ONGs.

O primeiro tem até nome – “ChatGPT Edu” – e preza por oferecer o chatbot em sua versão mais recente para universidades. Já o segundo é apenas referido como “OpenAI para ONGs” e é, essencialmente, a mesma oferta dos planos pagos do ChatGPT, mas com valores reduzidos.

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De acordo com o blog da OpenAI, o ChatGPT Edu disponibiliza a ferramenta na versão “4o” para que acadêmicos e estudantes “escrevam formulários de candidatura a bolsas”, “revisem grades curriculares dos estudantes” e “auxiliem professores com a avaliação de trabalhos”. A empresa assegura que seu uso nas faculdades não é usado para treinar a IA (insinuando que a coleta de dados é local e não enviada aos servidores da companhia) e sua oferta traz um preço “acomodável” às instituições. O preço, contudo, não foi informado.

Na parte das organizações não governamentais (ONGs), a oferta vale para o ChatGPT Team, a versão corporativa e colaborativa da solução para empresas. Ao contrário dos valores normais (que a OpenAI não divulga abertamente devido a ele ser composto por vários fatores e cada cliente ter um contrato específico), a oferta voltada para ONGs dá acesso à solução por US$ 20 (R$ 104,81) por usuário. E no caso de ONGs maiores, há a possibilidade de reduzir o que já é reduzido em 50%, mas isso é avaliado individualmente, mediante contato direto com vendedores da OpenAI.

Já não é de hoje que a dona do ChatGPT – a OpenAI – vê sua marca atrelada a problemas de imagem pública. Recentemente, Jan Leike e Ilya Sutskever (respectivamente, o pesquisador principal de IA e o cofundador e cientista chefe da empresa) renunciaram aos seus cargos, citando “preocupações com segurança” nos rumos de desenvolvimento do ChatGPT.

Apesar de Sutskever não ter mencionado nada especificamente sobre a sua saída (preferindo “manter o tom” e postar apenas uma despedida cheia de torcida pelo sucesso da companhia), Leike não foi tão cândido: segundo ele, “a cultura de processos de segurança ficou no banco de trás, cedendo a frente para produtos bonitinhos”. Ele também mencionou a saída de Sutskever e que sua própria renúncia tinha a ver com o “apoio” ao amigo.

Paralelamente, Helen Toner, ex-membro do comitê de direção da OpenAI e uma das principais vozes a favor da saída de Sam Altman em novembro de 2023 (o CEO seria reinstalado ao cargo posteriormente no mesmo mês), falou recentemente ao podcast The TED AI Show, citando “diversas ocasiões” em que o atual líder da empresa de IA teria “mentido ou manipulado” informações sobre os procedimentos de segurança de usuário do ChatGPT.

Isso tudo, sem falar em toda a discussão que levou a um processo movido por uma certa “Vingadora”...

E você? Curtiu as novidades anunciadas pela OpenAI? Ou acha que os anúncios vêm para “livrar a cara” da empresa frente às novas controvérsias? Conte para nós a sua opinião nos comentários abaixo!