Economia e mercado 16 Out
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma Ação Civil Pública contra os Correios após diversos relatos de funcionários da estatal "fingindo" realizar três tentativas de entrega.
O caso tem acontecido principalmente em bairros mais afastados de cidades de Minas Gerais, sendo que o MPF pede que os Correios regularizem o serviço nesses locais.
Na ação, o MPF diz que muitos consumidores de baixa renda tem sido penalizados pelas "falsas tentativas de entrega", uma vez que eles precisam se deslocar até uma agência para retirar a encomenda.
Além de não as receberem, estão sendo forçados a comparecer em uma determinada agência para retirar a mercadoria, como se fossem culpados da não realização da entrega no endereço indicado - disse o procurador da República Cléber Eustáquio Neves.
O procurador salienta que a postura dos Correios fere a isonomia, uma vez que a estatal deveria tratar de forma igual bairros de alta e baixa renda.
O MPF também diz que os Correios não usam tecnologias e aplicativos capazes de monitorar seus entregadores, algo que já se tornou padrão nas transportadoras privadas.
Caso a estatal tivesse um programa do gênero, ele poderia provar para o consumidor e para as autoridades que as tentativas de entrega foram feitas.
Por isso, Neves pede na ação que os Correios sejam obrigados a implantar serviços de aplicativos e tecnologias adequadas para que haja o monitoramento, em tempo real e com pleno acesso pelo consumidor, da atuação dos carteiros.
A ação também exige que os Correios entreguem correspondências em condomínios horizontais de forma individual e não apenas deixando as encomendas na portaria.
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