O lançamento do Pix reduziu o uso de dinheiro em espécie no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o meio de pagamento já é o segundo mais usado no dia a dia.

Isso fez o número de pagamentos com dinheiro físico reduzir de 76,6% em 2019 (ano antes do lançamento do Pix) para cerca de 40,5% em 2023. Ou seja, uma queda de 36,1% no período analisado.

Ainda assim, o pagamento com cédulas de Real ainda continua sendo o método mais usado no Brasil, uma vez que muitos brasileiros não possuem acesso à tecnologia ou não sabem operar o Pix.

O terceiro método de pagamento mais usado no Brasil é o cartão de crédito, com 17,1%.

• Dinheiro - 40,5%
• Pix - 24,9%
• Cartão de crédito - 17,1%
• Cartão de débito - 12,2%
• Boleto - 2,7%

O levantamento do BC também mostrou que, apesar de ser vice, o Pix é o método de pagamento preferido de 41,5% dos brasileiros, sendo que 75% o incluem no "top 3".

Comentando o assunto, Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, disse que o Pix trouxe a inclusão:

Impressiona o uso por pequenos comerciantes, que antes tinham dificuldade em ofertar um meio de pagamento digital. Isso gerou eficiência e permitiu novos modelos de negócios. Também incluiu muitas pessoas que moram em regiões remotas, trouxe-as para o sistema financeiro.

Os dados do BC também mostram que o número de brasileiros com contas em bancos cresceu substancialmente entre 2019 e 2023, passando de 77,3% para 87,6%.

O número de usuários ativos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 103% entre 2018 e 2023; em 2018, havia 77 milhões de pessoas físicas ativas no SFN, hoje são 152 milhões, quase o dobro; o número de pessoas jurídicas passou de 3,5 milhões para 11,6 milhões no mesmo período.