Lançado globalmente na MWC deste ano, o Xiaomi 15 é um smartphone topo de linha que tem tudo para dar trabalho para a linha Galaxy S25 em muitos mercados.

Isso porque, além de compacto, esse aparelho tem plataforma Qualcomm Snapdragon 8 Elite, câmeras certificadas pela Leica, certificação IP68 e várias outras especificações de um verdadeiro flagship.

Mas será que vale a pena apostar nesse smartphone não é vendido oficialmente no Brasil? Conheça o Xiaomi 15 em detalhes neste hands-on.

Considerado um celular mais compacto que os demais integrantes da família, o Xiaomi 15 tem design com grande módulo de câmeras quadrado no canto superior esquerdo da traseira.

Ele é saltado em relação ao corpo do smartphone e fora dele há o flash LED, sendo que a construção é feita em alumínio para garantir uma sensação de firmeza na pegada.

Um detalhe importante é que, nesta geração, a Xiaomi abandonou o vidro Gorilla Glass para usar uma solução proprietária no smartphone. Ainda assim, a marca garante que o material é resistente contra quedas e outros desastres do dia a dia.

O Xiaomi 15 ainda traz a certificação IP68 para garantir proteção contra água e poeira.

Outro ponto positivo é que a porta USB-C 3.2 permite a transmissão de vídeo e há gaveta de chip para dois chips de operadora.

Na lateral direita, temos os botões de volume e energia, na parte inferior há saída de áudio e a parte frontal apresenta uma tela com poucas bordas e um furo para a câmera de selfies.

Segurar o Xiaomi 15 não é um problema graças as suas laterais planas e ao peso de 192 gramas.

Na caixa, a marca chinesa manda o smartphone, cabo de carregamento, ferramenta para remoção da gaveta de chip, manuais e carregador.

Diferente de outros celulares topo de linha, o Xiaomi 15 tem tela AMOLED LTPO de 6,36 polegadas, que apresenta resolução de 2.670 por 1.200 pixels e taxa de atualização que varia entre 1 e 120 Hz.

O brilho máximo desse painel pode atingir até 3.000 nits em pico, mas geralmente temos algo por volta de 1.200 nits no cotidiano. Ou seja, algo mais do que suficiente para ver conteúdo em ambientes externos.

Essa tela do Xiaomi 15 também conta com leitor de digitais ultrassônico integrado e ele é bem eficiente no dia a dia, reconhecendo o dedo facilmente nos mais diversos cenários.

Como esperado, para consumo multimídia há som estéreo de boa qualidade, com volume alto e boa calibração entre médios e agudos.

Passando para o poder de processamento, temos nesse smartphone a plataforma Qualcomm Snapdragon 8 Elite e ele é vendido globalmente em versões com 12 GB de RAM e até 512 GB de armazenamento interno.

Na prática, esse chipset, por mais que não tenha a velocidade extra da versão for Galaxy, consegue rodar qualquer game da Play Store com muita tranquilidade, quem dirá redes sociais e mensageiros.

Inclusive, a Xiaomi fez um bom trabalho no arrefecimento do Xiaomi 15 e raramente o smartphone esquenta muito, garantindo desempenho constante em sessões de jogos.

Em conectividade, temos 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 6.0 e NFC para pagamentos por aproximação com a Carteira do Google. Ou seja, aquele combo bem completinho de um verdadeiro topo de linha.

A bateria do Xiaomi 15 global não tem os 5.400 mAh do modelo chinês, uma vez que o componente foi rebaixado para 5.240 mAh.

Ainda assim, em uso moderado, o HDBlog conseguiu chegar ao fim do dia com muita tranquilidade. E o carregamento rápido com fio de 90W ajuda muito no dia a dia, sendo que você também pode usar a recarga sem fio de 50W.

Mas é claro que teremos mais detalhes sobre uso na nossa análise completa.

Especificações técnicas

• Tela OLED LTPO de 6,36 polegadas com resolução 2670x 1200 pixels
• Display com furo, taxa de atualização de 120 Hz e proteção Dragon Crystal
• Plataforma Qualcomm Snapdragon 8 Elite
• 12 GB de RAM
• 256 GB ou 512 GB de armazenamento interno
• Câmera frontal de 32 MP (Sensor OV32B40 alocado em furo central)
• Câmera traseira tripla:
  • Lente principal com sensor de 50 MP (Light Hunter 900, f/1.62, distância focal de 23 mm, com OIS)
  • Lente ultrawide com sensor de 50 MP (Samsung S5KJN1, distância focal de 14 mm, f/2.2)
  • Lente telefoto com sensor de 50MP (Samsung S5KJN5 f/2.0 com foco flutuante, distância focal de 60 mm e OIS)
• Leitor de Digitais Ultrassônico, Certificação IP68 e som estéreo
• Conexão 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 6.0 e NFC
• Bateria de 5.240 mAh com carregamento rápido de 90 W com fio e 50W sem fio
• Android 15 rodando sob a interface HyperOS 2.0
• Dimensões: 152,3x71,2x8,08mm
• Peso: 192g

Lançado com Android 15 rodando sob a interface HyperOS 2.0, o Xiaomi 15 tem garantia de que vai receber quatro grandes atualizações do Android e cinco anos de updates de segurança.

Ou seja, ele vai até o Android 19 e será atualizado até 2030, algo que pode ser considerado uma boa marca para a categoria.

Como esperado, o HyperOS 2.0 apresenta uma interface bem customizável com direto a muitos ajustes e temas disponíveis na loja oficial da Xiaomi.

As animações são ricas, a abertura de aplicativos acontece de forma ágil e a Xiaomi oferece um bom multitarefas.

Talvez o ponto mais irritante do software é a presença de uma pilha de aplicativos pré-instalados, algo herdado da finada MIUI 14.

Em termos de Inteligência Artificial, o Xiaomi 15 apresenta uma série de funcionalidades que são baseadas no pacote do Google, como o Circule para Pesquisar e o Gemini.

Você também pode remover objetos indesejados de fotos, resumir páginas da web, transcrever gravações, usar o modo interprete em chamadas telefônicas e muito mais.

Ou seja, é uma suíte muito competente e capaz de competir facilmente com as opções fornecidas pela Samsung.

O Xiaomi 15 apresenta três sensores traseiros, por mais que pareça ter quatro no módulo.

Todos são certificados pela Leica, sendo que a lente principal é de 50 MP e traz estabilização óptica de imagem. Você também encontra um sensor ultrawide de 50 MP e um telefoto flutuante de mais 50 MP com estabilização óptica.

Em cenários com boa iluminação, como em dias ensolarados, todas as câmeras se saem muito bem, entregando imagens com cores próximas da realidade, detalhes aparentes e poucas distorções.

Claro que o sensor ultrawide costuma apresentar algumas distorções nas bordas, mas isso já é algo esperado.

O sensor telefoto costuma fazer ótimas fotos, principalmente no zoom óptico, e a estabilização é boa, evitando qualquer tipo de problema com borrões quando você só quer tirar o celular do bolso e captar uma foto daquele objeto mais distante.

A lente telefoto também permite fazer fotos macro com uma distância de cerca de 10 centímetros.

Em fotos noturnas, temos imagens bem calibradas no sensor principal, captando bem os detalhes e evitando qualquer tipo de estouro em pontos de luz.

Mudar para o sensor ultrawide faz a qualidade cair e o mesmo vale para o sensor telefoto, mas isso já era algo meio que esperado devido à natureza das lentes.

A filmadora permite vídeos na resolução até 8K a 24 fps ou 4K a 60 fps.

Por outro lado, a câmera frontal tem 32 MP e entrega boa captura de detalhes, mas sempre lembrando que você precisa desativar o modo de embelezamento para ter resultados mais próximos da realidade.

A gravação de vídeo com o sensor frontal pode ser feita na resolução até 4K a 60 fps.

Lançado na Europa custando a partir de 999 euros, algo em torno de R$ 6.135 em conversão direta e sem considerar os nossos impostos brasileiros, o Xiaomi 15 é um ótimo smartphone.

Esse aparelho tem plataforma Snapdragon 8 Elite, um acabamento de qualidade, tela OLED compacta e câmeras competentes.

Isso sem falar que esse celular é um dos primeiros a ter Bluetooth 6.0, traz carregamento rápido de 90W com uma bateria que pode durar o dia interno e Android 15 nativo.

É claro que o software continua sendo uma faca de dois gumes: isso porque ele está carregado de recursos baseados em Inteligência Artificial e isso é muito positivo.

Mas, ele também tem muitos aplicativos pré-instalados.

Em termos de preço, o Xiaomi 15 custa um pouco mais do que o Galaxy S25, que é vendido aqui no Brasil por cerca de R$ 4.700 em promoção.

Já o realme GT 7 Pro, que tem o mesmo chip, até começou a ser vendido no Brasil, mas com baixa disponibilidade e custando cerca de R$ 6.300 à vista.

Ou seja, para o brasileiro é muito mais vantajoso comprar o Galaxy S25 da Samsung, principalmente porque a maioria parcela em várias prestações no varejo local.