Assim como aconteceu no Brasil e agora acontece nos Estados Unidos de Donald Trump, a França também deve ganhar uma "taxa das blusinhas" para impedir a entrada irrestrita de produtos de varejistas chinesas como Shein e Temu.

Segundo a ministra de Contas Públicas, Amelie de Montchalin, o assunto já está sendo debatido pelo governo francês e a ideia é acabar com a isenção que existe para encomendas de até € 150 (~R$ 965).

Assim, todas as compras de pequeno valor podem ser taxadas, mas a ministra garantiu que o imposto será de "alguns euros" ou "alguns centavos" para cada mercadoria.

Montchalin também disse que a taxação será uma forma da França se proteger do excesso de mercadorias baratas que a China deve "despejar" na União Europeia, uma vez que o país perdeu o acesso ao mercado norte-americano.

Ela ainda garantiu que o objetivo inicial é de que as plataformas chinesas paguem pela tarifa e não o consumidor. Por enquanto, as regras da "taxa das blusinhas" francesa ainda está em discussão.

De toda forma, a França defende que a União Europeia antecipe o fim da isenção para importações de até € 150. Isso porque a mudança só deve acontecer em 2028.

precisamos do rápido estabelecimento, em nível europeu, de um mecanismo de taxa de manuseio para cada pequeno pacote que entra na Europa.

As autoridades francesas reconhecem que, caso a União Europeia não aprove uma regra conjunta, a taxação local será ineficiente. Isso porque as encomendas entrarão no país por meio de outro membro da UE.

Mesmo assim, o valor arrecadado pelo governo francês será usado para financiar as inspeções, sendo que o imposto local será substituído pela opção da UE quando ela começar a funcionar.