O Moto G9 Play foi anunciado pela Motorola em solo brasileiro em meados de setembro, e chegou a hora de ver mais a fundo se a empresa realmente fez boas melhorias em relação ao Moto G8 Play, que tinha na duração de bateria um de seus pontos mais fortes mesmo contando com "apenas" comuns 4.000mAh.

As grandes mudanças feitas pela Motorola estão no tamanho da tela (passa de 6,2 para 6,5 polegadas) e nas especificações técnicas, saindo o potente Helio P70M da MediaTek e entrando o equilibrado Snapdragon 662 da Qualcomm. As capacidades de RAM e armazenamento dobraram, e a bateria subiu para 5.000mAh.

Em nosso teste de bateria oficial executamos vários apps, jogos e serviços populares em ciclos cronometrados até que a bateria se esgote por completo, sendo dado um tempo de standby entre os ciclos para acompanhar o consumo em segundo plano. Brilho da tela e configurações de redes são padronizados para que possamos traçar um paralelo entre todos os modelos que passaram por nossas bancadas.

Os apps presentes nos ciclos, e seus determinados tempos de execução por ciclo, são:

• 6 minutos de uso (cada) - WhatsApp, Youtube, MX Player (vídeo offline), Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
• 1 minuto (cada) - Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
• 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
• 2 minutos de uso (cada) - Facebook, Gmail e GMaps

Após nossos testes, chegamos aos seguintes resultados sobre a bateria do Moto G9 Play:

• Foram necessárias 21 horas e 18 minutos para esgotar a bateria do dispositivo;
• A tela permaneceu ligada por 11 horas e 22 minutos.
• Realizamos 15 ciclos completos de testes que incluíram:
  • 90 minutos de navegação no Chrome;
  • 450 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (90 minutos cada);
  • 90 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
  • 90 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (30 minutos cada);
  • 60 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
• O app que mais consumiu foi o YouTube;
• O app que menos consumiu foi o Spotify;
• A temperatura da bateria ficou entre 31 e 39°C na maior parte do teste;
• Foram necessárias 2 horas e 27 minutos para recarregar a bateria do aparelho com o carregador de 18W que vem na caixa.

O Moto G9 Play conseguiu aguentar um tempo razoável em nosso teste, porém ajuda a reforçar que hardware não trabalha sozinho, e precisa de boa otimização por parte do software para entregar uma experiência realmente eficiente.

Mesmo com 5.000mAh de bateria, o novo modelo teve autonomia inferior ao seu antecessor que tem capacidade de 4.000mAh, apresentando também um tempo menor do que o que conseguimos com o Galaxy A21s. Ao menos ele foi capaz de superar o Redmi 9.

O tempo de recarga também não foi dos melhores. Mesmo sendo entregue com um carregador de 18W na caixa, o Moto G9 Play precisou de quase 2 horas e meia para ver sua bateria ir de 0 a 100%, sendo isso apenas alguns minutos a menos do que tivemos em seu antecessor.

No geral, é um aparelho que aguentará um dia de uso mais intenso sem grandes problemas, mas que não chega a surpreender.