O POCO F6 Pro e o Edge 50 Pro são dois smartphones com uma proposta semelhante. Estamos falando de porte de top de linha em ambos os casos, porém com algumas economias para tornar a compra mais acessível pelo consumidor.

Ao colocarmos lado a lado estes modelos da Xiaomi e da Motorola, qual deles chega mais próximo de um completo flagship? O Comparativo do TudoCelular conta a resposta em detalhes para você.

• Design e conectividade
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

POCO F6 Pro

Cada dispositivo segue o padrão da sua respectiva empresa no design, inclusive com curvas para todos os lados neles. O POCO aposta no módulo gigante retangular para abrigar as câmeras e o logo da marca. Já o Edge prefere um bloco com transição suave da parte alta para a baixa.

Os dois possuem uma construção de alumínio e um acabamento fosco, porém com diferentes traseiras. Enquanto o F6 Pro utiliza uma peça de vidro, o 50 Pro opta por uma tampa feita de material que imita couro. Na frente, ambos usam um notch em forma de furo centralizado e um leitor biométrico incorporado ao display.

Motorola Edge 50 Pro

A Motorola oferece o corpo mais compacto e leve da dupla. Ela também traz uma certificação IP68, para resistência superior contra poeira e água que a IP54 do rival chinês. A favor da Xiaomi, está o emissor infravermelho que transforma o celular no controle remoto da sua TV.

Nenhum deles contém qualquer slot para cartão microSD, o que impede você de ter expansão do armazenamento com estes aparelhos. Em conectividade, o Wi-Fi de sétima geração do POCO é o mais avançado da dupla, enquanto o Bluetooth 5.4 do Edge vence aqui. Pelo menos, a tecnologia NFC está presente nos dois.

O design mais compacto, leve e resistente da Motorola dá o primeiro ponto para ela.

Tela

O F6 Pro vem com um painel AMOLED de 6,67 polegadas, menor e com menos aproveitamento frontal que o display OLED de 6,7 polegadas do Edge. A Xiaomi capricha na resolução Quad HD+, para melhor definição que o concorrente, e no alto nível de brilho, apesar de o rival também oferecer uma luminosidade acima da média.

A tela da chinesa é do tipo 12-bit, com reprodução de mais de 68 bilhões de cores diferentes. A Motorola responde com a certificação Pantone na tela, o que garante alta fidelidade das tonalidades.

O 50 Pro ainda traz uma taxa de atualização de 144 Hz, com maior fluidez que a de 120 Hz do POCO. Ambos oferecem proteção Gorilla Glass contra arranhões e suporte a HDR10+, só que apenas o chinês é compatível com Dolby Vision.

Mais brilho, cores e resolução de um lado; tamanho e fluidez maiores do outro. Damos um ponto para cada.

Som

Como tratamos aqui de dois smartphones avançados, temos neles um sistema estéreo que aproveita o alto-falante de chamadas como canal secundário, para ampliar a imersão do usuário. Eles também fornecem equalizador completo com Dolby Atmos.

O POCO é o que se dá melhor na potência sonora em relação ao concorrente, com um volume máximo superior e que não distorce no máximo. Por sua vez, o Edge acerta na qualidade e entrega um maior equilíbrio entre graves, médios e agudos.

Mas não pense que achará neles um conector físico para plugar um fone de ouvido do padrão P2. Sem falar que não há qualquer acessório adaptado na embalagem.

O F6 Pro marca pelo som mais potente; e o 50 Pro pontua pelo áudio mais equilibrado.

Sistema

Estes aparelhos saem da caixa com o Android 14 como sistema operacional nativo. As duas fabricantes prometem a mesma política de updates, com três atualizações do “robozinho” e quatro anos de distribuição dos pacotes de segurança.

A interface deles flui bem e é impulsionada pelas elevadas taxas de atualização presentes neles. A rede móvel também não será um problema, visto que o suporte à tecnologia 5G permite uma internet mais veloz.

O POCO tem como principais recursos o sensor de batimentos cardíacos integrado ao leitor biométrico, os gestos para captura de tela e atalhos com toque duplo ou triplo na traseira, além da nova fonte padrão MiSans. Já o Edge se destaca pela escolha de papel de parede por Inteligência Artificial, os famosos gestos para ligar a lanterna e abrir a câmera, além do Ready For que transforma o celular em um PC portátil e do Moto Connect para expandir as funções quando ligado a um monitor.

Ambos oferecem uma boa longevidade e funcionalidades avançadas. Por isso, damos um empate.

O F6 Pro é alimentado pela plataforma móvel Snapdragon 8 Gen 2, um chip considerado mais avançado que o Snapdragon 7 Gen 3 presente no 50 Pro. Com 12 GB de RAM em cada, qual se mostra o mais rápido da dupla? Apesar da diferença no papel, os nossos testes deram um empate técnico, já que a distância entre eles foi de menos de um segundo no tempo total.

Os benchmarks sinalizam para a superioridade do chip do POCO, com quase o dobro da pontuação do Edge no AnTuTu. A GPU deles é capaz de rodar os jogos pesados em alta qualidade, só que apenas a da Xiaomi consegue o feito sempre com os extras gráficos habilitados.

Com a melhor performance em games e benchmarks, o ponto vai para a chinesa.

O POCO vem com uma bateria de 5.000 mAh, um pouco maior que os 4.500 mAh de capacidade do Edge. Será que o número no papel tem impacto na prática? Não vimos isso nos nossos testes padronizados. O 50 Pro atingiu quase 30 horas de autonomia, acima das menos de 28 horas registradas pelo F6 Pro.

As fabricantes não economizaram na parte de carregamento. A Xiaomi manda um adaptador de 120 W que precisa de 28 minutos até os 100% de volta. Praticamente o mesmo intervalo que os 22 minutos levados pela Motorola, com o acessório de 125 W enviado por ela.

O Edge leva o ponto pela maior duração.

Os dois dispositivos contam com um conjunto fotográfico triplo, liderado por uma câmera principal de 50 MP. Eles acertam na nitidez em imagens durante o dia, só que o POCO oferece melhor contraste e cores mais vibrantes. Ao menos, a dupla oferece um modo noturno eficiente e com poucos ruídos, com uma pequena vantagem para a chinesa.

A ultrawide dos dois tira fotos mais escuras pela limitação na abertura da lente, mas mantêm tons próximos da principal. A vantagem do 50 Pro aqui é ter foco automático, para macros de maior qualidade que o sensor dedicado mais simples do F6 Pro. A Motorola ainda traz uma terceira lente teleobjetiva com zoom óptico de três vezes, que faz capturas de longe sem perda de qualidade.

Fotos com melhores cores de um lado; conjunto mais versátil do outro. Damos um ponto para cada.

Fotos tiradas com o POCO F6 Pro

A filmadora dos dois suporta vídeos em 4K, porém apenas o POCO grava em 60 fps nessa resolução e em 8K a 24 fps. A qualidade de imagem do F6 Pro fica acima do Edge, além de o chinês também possuir um foco mais ágil. Ambos entregam uma estabilização óptica eficiente e uma boa captura de som estéreo.

A Xiaomi leva o ponto neste quesito.

Fotos tiradas com o Motorola Edge 50 Pro

A câmera frontal da Motorola é mais avançada que a da chinesa no papel. Isso significa que ela é a melhor na prática? A da Xiaomi peca em nitidez e tem cores apagadas. Já a do Edge faz selfies com uma quantidade maior de detalhes e tom de pele mais realista, tanto durante o dia quanto à noite. Nenhum deles decepciona quando o assunto é modo retrato. Por fim, apenas o 50 Pro filma de frente também em 4K.

É ponto para o Edge.

Da dupla, apenas o Edge 50 Pro foi lançado oficialmente no Brasil, pelo preço sugerido de R$ 3.500. No mercado atual, ele já pode ser encontrado por pouco mais de R$ 3.000, abaixo dos R$ 3.600 cobrados pelo POCO F6 Pro, por meio de importadores.

Como qualquer economia tem impacto no bolso do consumidor, o ponto vai para a Motorola.

Tivemos um confronto equilibrado entre Xiaomi e Motorola no segmento premium. A marca pertencente à Lenovo ficou à frente no placar por uma diferença pequena. De toda a forma, a chinesa também apresentou uma série de qualidades importantes.

O POCO F6 Pro entrega a tela com mais brilho, cores e resolução; o som mais potente; o melhor desempenho em jogos e benchmarks; as fotos traseiras com melhores tons e contraste; e os vídeos com resolução superior, melhor qualidade e foco mais ágil.

Do outro lado, o Edge 50 Pro tem o design mais resistente, compacto e leve; o display maior em tamanho e fluidez; o áudio mais equilibrado; e a bateria com maior autonomia e menor tempo de recarga. Sem falar no conjunto fotográfico mais versátil com sensor telefoto e nas selfies melhores em nitidez e cores. Ele ainda é o único disponível no país de maneira oficial e pode ser encontrado mais barato no varejo.

RESULTADO

POCO F6 Pro: 6 PONTOS

• Tela com mais brilho, cores e resolução
• Som mais potente
• Sistema com boa longevidade e recursos avançados
• Melhor desempenho em jogos e benchmarks
• Câmeras traseiras com melhores cores e contraste
• Vídeos em 8K a 24 fps, com melhor qualidade e foco mais ágil

Motorola Edge 50 Pro: 8 PONTOS

• Design mais resistente, compacto e leve
• Tela com maior tamanho e fluidez
• Som mais equilibrado
• Sistema com boa longevidade e recursos avançados
• Bateria com maior autonomia e menor tempo de recarga
• Câmeras traseiras com melhores macros e sensor telefoto
• Selfies com mais detalhes e melhores cores
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Você considera que o POCO ou o Edge está mais perto de um verdadeiro flagship? Se tivesse que escolher entre eles, compraria qual dos dois? Comente à vontade aí no espaço abaixo.

• O Poco F6 Pro ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
• O Motorola Edge 50 Pro está disponível na Mercadolivre por R$ 2.867. O custo-benefício é médio e esse é o melhor modelo nessa faixa de preço.