O Spotify tem sido alvo de diversas alegações relacionadas com o repasse da plataforma aos músicos, que querem um aumento na porcentagem dada pelo streaming de áudio. Porém, para mostrar como os valores são divididos, a empresa lançou um site chamado Loud & Clear, que é uma forma de fazer esclarecimentos a respeito de como funciona o processo de pagamento e as receitas totais recebidas.

Neste postal, estão explicados todos os pontos essenciais para que os músicos saibam como o conteúdo deles é visto pelo Spotify, incluindo uma calculadora que permite saber a classificação, quando comparado com os outros milhares de artistas que publicam canções rotineiramente.

Levando em conta os dados do Loud & Clear, o Spotify diz que conseguiu pagar mais de US$ 23 bilhões (~R$ 127 bilhões) em royalties em 2020, mostrando o quanto a empresa cresceu em reprodução de conteúdos ao longo do ano passado, superando em US$ 3,3 bilhões (~R$ 18 bilhões) os valores relatados em 2017.

Apesar de não relatar quantos artistas possui no total, relata que 1,2 milhão conseguem acumular mais de mil espectadores, e que somente 15% desse número consegue gerar royalties igual ou superior a US$ 1.000 (~R$ 5.500), e que somente 870 artistas conseguiram gerar uma receita de royalties superior a US$ 1 milhão (~R$ 5,5 milhões), algo que deve incluir grandes cantores do Brasil e mundo.

Como é possível ver no vídeo, o Spotify fez o possível para explicar que não há uma maneira coerente de fazer o aumento sem que isso represente um prejuízo para a plataforma. Possivelmente, se escolher aumentar o repasse, quem é usuário gratuito vai se ver ainda mais cercado de propagandas, que já cresceram em 2020, onde o espaçamento entre faixas e ações de marketing foi reduzido.

A mudança, uma hora ou outra, vai acabar acontecendo, já que existem outros streamings concorrentes prometendo lucros mais altos para os artistas e gravadoras, e a não adaptação do Spotify poderia representar a queda no número de usuários e na quantidade de conteúdos hospedados lá.