
Segurança 21 Jun
29 de junho de 2024 0
O YouTube está buscando acordos com grandes estúdios de gravação para licenciar obras e treinar sua ferramenta que gera músicas com inteligência artificial, segundo uma reportagem divulgada na quarta-feira (26) pelo Financial Times.
De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, a plataforma de vídeos teria oferecido “quantias fixas” à Universal Music Group (UMG), Sony Music Entertainment e Warner Records — os três maiores estúdios de música da indústria — para licenciar suas obras e treinar legalmente suas ferramentas de música baseada em IA.
Em nota ao Financial Times, o YouTube revelou que não pretende expandir o AI Dream Track — que, atualmente, é apoiado por apenas dez artistas, incluindo Demi Lovato, John Legend, Sia e T-Pain. No entanto, confirmou que esteve “negociando com gravadoras sobre outros experimentos”, sem revelar detalhes sobre o projeto.
A plataforma estaria em busca de licenciar músicas de dezenas de artistas, segundo a reportagem. Essas obras seriam utilizadas para treinar novas ferramentas de inteligência artificial que previstas para chegarem ainda este ano. Os valores em negociação são desconhecidos, mas acredita-se que o pagamento seria único, e não baseado em royalties.
Assim como o AI Dream Track, a nova ferramenta de IA do YouTube poderia ser integrada ao Shorts, uma plataforma de vídeos curtos “inspirada” no TikTok, que já responde por 25% do faturamento de influenciadores cadastrados no serviço.
Os investimentos do YouTube são revelados em meio a batalhas travadas pela Associação Americana da Indústria de Gravação (RIAA), que visa a proteger os direitos autorais contra o treinamento não autorizado de modelos capazes de gerar música com IA.
Os avanços de tecnologias de inteligência artificial geram novos debates acerca de seu uso responsável, levando várias empresas de diferentes esferas a adotarem medidas que protejam obras de artistas, escritores e outros profissionais do ramo criativo, além de prevenir que o uso desenfreado dessa ferramenta gere prejuízos.
O Spotify, por exemplo, já precisou remover milhares de músicas criadas por inteligência artificial com objetivo de gerar receita indevida. A Academia de Gravação, inclusive, precisou estabelecer regras para que apenas criadores humanos sejam elegíveis ao Grammy Awards, considerada a premiação mais importante da indústria musical.
"Estamos sempre testando novas ideias e aprendendo com nossos experimentos; é uma parte importante do nosso processo de inovação", diz a nota do YouTube. "Continuaremos neste caminho com música e IA enquanto avançamos para o futuro."
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