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Android 06 Mar
17 de março de 2023 6
Em 2019, a Capcom consagrou seu período de ouro com os jogadores ao trazer o remake do aclamado Resident Evil 2. Se mantendo fiel ao original, mas trazendo jogabilidade atualizada e gráficos incríveis, foi um tremendo sucesso de crítica e público, trazendo uma boa fase após o lançamento de Resident Evil 7 (2017) e injetando novo gás na franquia.
Porém, a relação foi abalada em 2020 com o lançamento do remake de Resident Evil 3. Cortando diversos conteúdos e com decisões controversas, saiu parecendo uma DLC produzida na correria, gerando críticas dos jogadores. Entretanto, o lançamento de Village (2021) não afastou os fãs da saga.
Agora, é a vez da Capcom apresentar o remake de um dos jogos mais influentes – e controversos! – da franquia: Resident Evil 4. Será que ele aprendeu com os erros da releitura do anterior ou é novamente vítima das decisões erradas e desenvolvimento corrido? Confira em nossa análise!
Narrativamente, o remake de Resident Evil 4 se mantém ao original, mas traz mudanças leves e explica detalhadamente alguns elementos que podem ter passado batidos no original, enquanto faz conexões interessantes com os remakes dos jogos anteriores, passando a sensação de trilogia completa.
Ao contrário do remake de Resident Evil 3, o novo não corta nenhuma seção do original, mas toma liberdade para ampliar ou mudar como algumas partes se desenrolam. A decisão é acertada e faz com que a aventura seja ainda mais completa e interessante, principalmente dando mais desenvolvimento aos personagens principais.
A trama se passa seis anos após os eventos de Resident Evil 2, onde o policial novato Leon S. Kennedy sobrevive ao maior pesadelo de sua vida em uma Raccoon City tomada por zumbis e armas biológicas. Agora, ele é um agente especial dos Estados Unidos em uma missão na Espanha para encontrar a filha do presidente dos Estados Unidos, sequestrada por um culto macabro chamado Los Illuminados.
O jogo pode ser terminado entre 12 a 16 horas, a depender da sua habilidade e interesse em explorar o mundo. Após zerar, o jogador poderá voltar para conseguir recompensas interessantes e outras surpresas, incentivando múltiplas jogatinas.
Ao em vez de ousar demais na história, a Capcom decidiu apresentar boas novidades para modernizar a jogabilidade. Essa decisão é acertada, principalmente por trazer refinamentos e melhorias para a aventura ter fluidez extra, além de novas mecânicas para enfrentar as hordas de inimigos. Porém, vale frisar que a essência do original é mantida e os veteranos irão se sentir em casa.
Mesmo na dificuldade padrão, admito que fui surpreendido pelo desafio. Ao contrário dos zumbis lerdos, os novos inimigos são ferozes, atacam de forma coordenada e não sairão do seu pé até serem mortos. Esses elementos dão uma tensão extra e fazem cada encontro uma montanha-russa de emoções, principalmente uma motosserra estiver envolvida.
Para lidar com o desafio extra, a Capcom introduziu uma nova mecânica de defesa com a faca. Agora, a arma branca é um dos itens mais importantes que Leon utilizará por dois motivos essenciais. Para começar, ela agora pode ser sacada rapidamente e se torna uma opção viável na hora do aperto.
Porém, o principal destaque é seu aspecto defensivo. Agora, você pode defender golpes e caso acerte o timing perfeito, poderá deixar inimigos vulneráveis a um golpe forte. Ao ser agarrado por certos inimigos, poderá também se libertar ao apertar rapidamente R2, permitindo sobreviver a momentos de aperto, além de executar oponentes caídos antes que sofram transformações das Plagas.
Entretanto, há um motivo para os jogadores terem cautela: a faca pode ser quebrada. Então, não adianta ficar em defesa constante e executar todos os inimigos que ver, já que você pode ficar na mão em algum momento importante, custando a sua vida. Felizmente, o item pode ser encontrado mais vezes e a faca principal de Leon pode ser reparada no mercador.
Outra mecânica nova de do remake de Resident Evil 4 é a furtividade. Pode parecer uma adição estranha, mas ela cai bem na proposta. Agora, Leon pode se movimentar abaixado para evitar se visto e ouvido pelos inimigos. Ao se aproximar pelas costas de um desavisado, poderá executá-lo imediatamente com a faca.
Porém, se abaixar não serve apenas para furtividade e sim, evadir alguns golpes. Em alguns momentos, o jogo pedirá para apertar círculo para desviar de um golpe, mas o jogador também pode acionar o movimento para não ser agarrado por um oponente ou desviar de algum machado voando.
A esquiva com círculo é um pouco limitada em alguns cenários e eu confesso que gostaria de ver o retorno da mecânica de desvio do remake de Resident Evil 3. Creio que isso daria uma fluidez extra e encaixaria perfeitamente na jogabilidade do título, principalmente em alguns duelos mais acirrados.
Os jogadores veteranos irão se divertir com o retorno de uma das mecânicas clássicas do original: o roundhouse kick, popularizado pelo astro Chuck Norris. Quando os inimigos estão atordoados, Leon pode dar um chute estiloso para derrubá-los imediatamente. Se estiverem próximos demais, é um movimento valioso para ganhar espaço.
Outra mecânica que retorna é a maleta. Se você jogou o original, deve ter passado horas arrumando seus itens para conseguir espaço para carregar toda a tralha de Leon. Isso irá requerer sabedoria e sagacidade, já que nem todos os recursos obtidos na aventura poderão ser levados por falta de espaço.
Por falar em recursos, você poderá encontrar materiais para fabricar munições e até mesmo granadas. Por não serem abundantes, também irá exigir uma certa ponderação na hora de serem utilizados. Na minha jogatina, priorizei três armas e não passei por momentos de aperto.
Escrever sobre Resident Evil 4 sem mencionar o carismático mercador seria um crime e a Capcom sabia disso, tanto que ele retorna, mas com algumas diferenças. Agora, ele passa novos desafios e vende algumas novidades, além de reservar bens valiosos para uma nova moeda de troca obtida ao completar seus objetivos.
Sem entrar em detalhes para não estragar a experiência, o jogador irá reencontrar alguns chefões clássicos. Em algumas batalhas, você irá se sentir em casa, enquanto em outras precisará descobrir o que precisa ser feito, mas friso que todas estão alinhadas com o original, não há nada que fuja demais como no remake de Resident Evil 3. Além disso, há novos inimigos que irão exigir maior cautela para serem derrotados.
Apesar de manter a ação que consagrou o original, o remake de Resident Evil 4 também reforça suas raízes de survival horror, algo que alguns reclamavam no clássico Além da ambientação estar mais sombria e pesada, há novos sustos que não farão você esquecer que esse é um Resident Evil.
Tecnicamente, o jogo possui modo gráfico com Ray Tracing ativado e 30 FPS ou desativado com 60 FPS. O título roda bem e não apresenta quedas evidentes nos FPS, mas há uns pequenos bugs gráficos ocasionais, mas nada grave.
Além do uso da Tempest Engine com som 3D, o DualSense é utilizado de maneira criativa e arrisco dizer que nenhum outro jogo no PlayStation 5 havia explorado tanto seu potencial como o remake de Resident Evil 4. Recomendo jogar com tudo ativado e no máximo para algumas surpresas.
Graficamente, o novo jogo mostra novamente o potencial da RE Engine, trazendo texturas detalhadas, personagens bem construídos e belíssimos efeitos de iluminação, mas seu escopo maior cobra o preço e o coloca um pouco abaixo visualmente dos outros remakes, mas ainda entregando um material de altíssima qualidade.
O remake de Resident Evil 4 vem dublado em português, com o veterano Felipe Grinnan retornando ao papel do herói após seu trabalho em Resident Evil Degeneração e Condenação. As vozes se encaixam bem e a trilha sonora geral é fabulosa, contribuindo para a imersão completa.
O remake de Resident Evil 4 é o sonho de todos os fãs da franquia por focar em dois pontos: manter a essência do original e refinar tudo aquilo que precisava ser modernizado, sem trazer mudanças bruscas ou decisões polêmicas.
Trazendo uma atmosfera ainda mais sombria e combinando ação com survival horror na medida certa, Resident Evil 4 consegue ser melhor do que o original em todos os aspectos. Após o tropeço da releitura do terceiro jogo, a Capcom mostrou que aprendeu com seus erros e agora só resta aguardar que outros jogos clássicos, como Code Veronica, recebam o tratamento.
Resident Evil 4 estará disponível em 24 de março para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e PC. O jogo pode ser obtido nas lojas digitais do PlayStation e Xbox na faixa dos R$ 259, enquanto no Steam sai a R$ 249.
O jogo conta com belos gráficos e efeitos de iluminação impressionantes, mas está um pouco abaixo dos remakes anteriores.
A jogabilidade conta com diversos refinamentos e novidades, trazendo maior fluidez e tensão.
Sem trazer mudanças polêmicas ou cortar conteúdo, ela é bem fiel ao jogo original, mas traz novos detalhes que a enriquecem.
Com uma atmosfera ainda mais sombria e sustos, o jogo tem bons momentos de tensão combinados com ação.
A trilha sonora é fantástica e bem construída, com a dublagem brasileira novamente mostrando sua qualidade.
Resident Evil 4 é o melhor remake da Capcom até o momento, sendo indispensável para fãs do original ou para novatos que querem uma excelente experiência de survival horror.
*O TudoCelular agradece a Theogames por ceder uma cópia de Resident Evil 4 no PlayStation 5 para análise!
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