
Jogos 24 Fev
Lançado esta semana, Tchia é o mais novo jogo do estúdio Awaceb. Inspirado nos costumes e nas tradições da Nova Caledônia, uma pequena ilha do Oceano Pacífico (que também é a terra natal dos fundadores do estúdio), o jogo acompanha as aventurasde uma jovem garota cheia de coragem, criatividade e muita emoção.
O TudoCelular teve a chance de testar o jogo e iremos compartilhar nossas impressões em nosso review sem spoiler.
Como dissemos acima, Tchia é inspirado pela Nova Caledônia, mas apesar de se apoiar bastante na cultura e nos costumes dessa região, o jogo deixa claro que é uma obra fictícia e que as situações vividas por Tchia, assim como as pessoas que ela encontra em seu caminho, não visam reproduzir a realidade.
No jogo, vemos a garota começando uma jornada ao lado de seu pai em uma ilha paradisíaca, até que a paz dos dois é interrompida pela chegada de um vilão misterioso, que rapta o pai de Tchia e o leva para uma outra ilha. Daí em diante, cabe à garota viver sua própria aventura para tentar resgatar seu pai.
Em meio à isso, Tchia descobre que possui algumas habilidades especiais, que permitem que ela transfira sua alma para objetos e animais, mas essa descoberta também está conectada ao raptor de seu pai.
A principal habilidade de Tchia é transferir momentaneamente sua alma para objetos e animais, o que abre um leque de possibilidades durante sua exploração.
Seja na terra, ar ou água, Tchia consegue se aproveitar do ecossistema para lhe ajudar, sendo uma experiência bem similar ao Deus Maui, de Moana. Em alguns momentos, assumir a forma de um animal pode ser hilário, como os pássaros, que além de te permitirem voar, também permite que você libere seus dejetos, contando com um botão dedicado a isso (não, você não leu errado), ou botar um ovo quando assumir a forma de uma galinha.
Além das transferências de alma, Tchia também pode atirar com o estilingue que ganhou de seu pai, mergulhar, escalar e planar com a ajuda de uma folha. Assim como em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, muitas das ações de Tchia são limitadas por uma barra de energia, incluindo o tempo que ela passa no ar com o planador ou embaixo da água mergulhando.
Mesmo contando com uma transformação em pássaro ou golfinho para se locomover no ar ou na água, Tchia também conta com sua jangada, que pode ser ancorada em pontos espalhados pelo mapa para lhe auxiliar em viagens mais distantes.
Embora o mapa não apresente grandes ameaças naturais, já que até mesmo os animais perigosos como os tubarões podem ser possuídos por Tchia, você terá que usar suas habilidades com inteligência ao se deparar com os inimigos feitos por tecido, controlados pelo grande vilão da trama.
Para lhe auxiliar, Tchia também conta com seu ukulele, que permite que ela toque melodias especiais para controlar a hora do dia ou invocar animais, sua lanterna e outros apetrechos.
Tchia é um daqueles jogos cheios de boas ideias, mas que ainda precisava ser um pouco mais lapidado. Embora o sistema de "possessão" seja muito divertido, ele não torna a locomoção pelo mapa menos excruciante.
Mesmo contando com as viagens rápidas entre as docas, elas são muito limitadas, já que você deve ir até uma doca para viajar para a outra, o que é bem problemático quando você está distante. Além disso, o fato das docas ficarem na borda do mapa também dificulta sua chegada até um objetivo que está no meio do mapa.
Por falar em mapa, esse é um ponto bem problemático também, já que por não contar com um minimapa tradicional na tela, optando por uma bússola que apenas aponta a direção dos objetivos principais, o jogo acaba sendo pouco intuitivo, principalmente quando você precisa visitar uma cidade que já visitou antes.
Em dado momento, precisava coletar um ovo de galinha, mas para isso, precisava visitar uma cidade específica que armazenava galinhas para que eu pudesse possuí-la e botar o ovo. O problema é que o mapa não indicava qual era essa cidade e tive que ficar procurando até me lembrar onde era essa cidade em questão.
Os controles também são pouco intuitivos, fazendo com que você leve um tempo até pegar o jeito de todas as funções e habilidades.
Outro problema é o ritmo repetitivo pelo qual a história se conduz, já que tudo se resume em coletar itens do ponto A e levar ao ponto B, mesmo que isso seja permeado por atividades complementares como encontrar colecionáveis, empilhar pedras, esculpir e etc.
Já na parte de otimização, mesmo rodando o jogo em um PC que supera bastante as configurações recomendadas, pude notar algumas quedas de FPS em regiões mais abertas do mapa, mas nada que afete gravemente a experiência.
Tchia é um indie ambicioso, que deixa claro o carinho desempenhado por seus desenvolvedores, assim como suas fortes raízes culturais, diálogos bem escritos, trilha sonora cativante e um visual cartunesco muito agradável.
Infelizmente, a falta de alguns recursos que melhorariam a qualidade de vida da jogabilidade acabam ofuscando um pouco do brilho dessa aventura, mas não podemos negar o potencial contido no projeto e a capacidade do Awaceb em realizar feitos incríveis no futuro.
Adotando um estilo de arte atraente, os gráficos do jogo funcionam bem.
A falta de alguns recursos de qualidade de vida e a repetição são os pontos mais fracos
Momentos emocionantes e divertidos se destacam na trama.
Um dos pontos mais fortes do jogo.
As raízes culturais e o carinho dos desenvolvedores são magníficos
Mesmo com problemas na jogabilidade, Tchia tem sua chance de brilhar.
Tchia já está disponível para PS4, PS5 e PC via Epic Games Store. O jogo também está disponível no catálogo da PlayStation Plus Extra e Deluxe.
*Gostaríamos de agradecer à TheoGames por terem nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.
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