Em termos de investimentos na área de redes móveis, a TIM tem investido pesado para melhorar a qualidade de seu sinal. E, para isso, a teleoperadora tem testado outros tipos de tecnologia - vide o exemplo de Fernando de Noronha - como VoLTE, ViLTE e satélite MEO para impulsionar e ampliar a propagação das conexões 3G/4G.

Antes mesmo de implantar os serviços de telefonia de quarta geração da ilha, a empresa realizou um teste piloto no pequeno município de Tefé, localizado praticamente no meio do estado do Amazonas, em parceria com a O3b Networks, comprada pela SES em meados deste ano, com absoluto sucesso, o que certamente contribuiu para o uso do equipamento na implantação do 4G em Fernando de Noronha.

Contudo, apesar de abrir muitas possibilidades, essa engenharia tem alto custo se comparada a instalação de torres, chegando a ser "dez vezes mais cara", conforme afirma Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da TIM. Para quem não sabe, na maioria das cidades, essas repassam os dados enviados pelos dispositivos móveis para uma central e assim acontece a transmissão do sinal 4G.

No caso de cidades como Fernando de Noronha, localizada a 8 mil quilômetros da terra, essa comunicação fica mais difícil por conta das antenas 4G fornecerem uma cobertura menor, mesmo atingindo mais aparelhos em comparação com o 3G. Com o satélite, no entanto, não há essa barreira.

Em relação ao uso de voz e vídeo sobre LTE, a TIM tem um projeto em curso para utilizar a tecnologia de transmissão por satélite em mais cidades, inclusive envolvendo cerca de 100 profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife para utilizar a frequência de 700 MHz para garantir uma melhor cobertura indoor.

Queremos entender a tecnologia e a experiência do usuário", revelou Capdeville.

Caso o resultado dos testes sejam positivos como os do Amazonas o plano é lançar comercialmente esse serviço já no primeiro trimestre do ano que vem.

Mesmo com pouca diferença em relação ao 4G (52,6 milhões contra 51,55 milhões) em número de acessos no último relatório divulgado pela Anatel, a TIM planeja em curto prazo acabar com a cobertura do 2G. A justificativa da operadora é que mesmo com uma base significativa os investimentos nesse tipo de tecnologia já foram amortizados.