Software 11 Dez
Há poucos dias a Microsoft anunciou novos planos com seu navegador, o Edge, sucessor do Internet Explorer.
Muita gente cogitou que ele seria descontinuado, mas para nossa surpresa, a empresa revelou que ele receberia um baita upgrade, com direito a inclusão de motor baseado no Chromium da Google, e até versões para o macOS e Windows 7.
A mudança foi bem recebida pelos usuários do navegador, mas muitos não puderam evitar a curiosidade em relação à essa decisão – pois supostamente, a engine em questão tornaria o navegador mais lento e consumiria mais bateria/recursos.
Segundo um engenheiro – que diz ter trabalhado no projeto do Edge – a Microsoft vem batalhando contra a Google há tempos, e finalmente decidiu "jogar a toalha".
Ele afirma que a gigante das buscas usou seu domínio no mercado para "sabotar" o Edge, impedindo, por exemplo, que sites como o YouTube funcionassem tão bem nele quanto no Chrome, graças a um suposto código que impedia o uso de recursos importantes como a aceleração de hardware.
Não seria a primeira vez que a Google estaria sendo acusada de usar seu domínio para prejudicar a concorrência; vale lembrar que a gigante das buscas foi multada em bilhões de euros pela Comissão Europeia. Confira a seguir o depoimento do engenheiro, em uma tradução livre:
Recentemente trabalhei na equipe do Edge, e uma das razões que nos levaram a não continuar com o EdgeHTML foi a Google, que realizava mudanças constante em sites para "quebrar" outros navegadores, e não conseguíamos acompanhá-las.
Por exemplo, eles recentemente adicionaram um div vazio nos vídeos do YouTube que fazia com que nossa aceleração de hardware não funcionasse (algo que deve ter sido corrigido na atualização de outubro do Windows 10).
Antes disso, nossa aceleração de vídeo era muito melhor do que a do Chrome em relação à reprodução e consumo de bateria, mas quase que imediatamente, eles "quebraram" as coisas no YouTube, começaram a publicar que o Chrome era melhor do que o Edge em relação ao consumo de bateria quando assistindo vídeos.
O mais triste, é que a dominância do Chrome não é devido a melhorias engenhosas, e sim, devido a uma falha no YouTube – a grosso modo, eles só tornaram a internet mais lenta.
Não tenho certeza se eles fizeram isso apenas para sabotar o Edge, mas muitos de meus colegas estão certos que sim – e eles são as pessoas que pesquisaram sobre o problema pessoalmente.
Para piorar a situação, o YouTube negou nosso pedido para remover o div vazio e não quis comentar sobre o problema.
E esse não foi o único caso.
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