Economia e mercado 07 Jul
A tecnologia ganhou novos ares em 2018 com a propagação dos dispositivos portáteis e aplicativos para serviços diversos, e junto com tal crescimento os golpistas e criminosos digitais também encontram um caminho bastante prolífico para ludibriar usuários inócuos em favor próprio.
A nova maneira encontrada para lavar dinheiro está se popularizando através de um serviço onde passeiam milhares de pessoas todos os dias: o comércio eletrônico.
Nesta ação, os golpistas procuram por clientes ou profissionais de empresas como o Uber e Airbnb e agem com um esquema de falsa contratação de serviços em que parte do pagamento é dividido entre os envolvidos.
Observando o aumento nas transações digitais e um gama maior de formas de pagamento, as próprias ofertas e lojas se multiplicaram rapidamente, e neste cenário é difícil monitorar todos os tipos de ações e comportamentos suspeitos nestas plataformas.
Lojas virtuais sem dúvida são as ferramentas perfeitas para os criminosos digitais, porque todas as transações são feitas em números elevados e não é necessário criar uma empresa ou entidade falsa, nem lidar com bens reais.
Até mesmo as lojas virtuais atreladas à redes sociais – como as plataforma de comércio do Facebook e OLX – já registram uma movimentação alarmante de dinheiro sujo, sempre na mesma base de ação, com uso de credenciais de um comerciante legítimo processando o registro de cartões de crédito: então o estrago é feito.
No caso da Uber o procedimento é relativamente mais objetivo. O criminoso emprega um serviço de lavagem de dinheiro para procurar e contratar motoristas da Uber que buscam um dinheiro extra e aceitam pedidos de viagens com taxas predefinidas.
Quando a quantidade de dinheiro sujo atinge a meta, o contratante entra em cena para aumentar o número de motoristas – é o que atende pelo nome de “viagem fantasma”.
A condução fantasma pode até render quantias astronômicas, somando o fluxo de receita adicional com risco mínimo e sem qualquer esforço.
Até então, as autoridades ainda não abordaram este assunto e sequer existe uma linha de defesa dos serviços reportados na polêmica. Estamos no aguardo de uma nota formal da Uber e Airbnb, visto que casos semelhantes são recorrentes.
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