Segurança 12 Mai
Pesquisadores brasileiros poderão ser responsáveis por um método de aceleração dos diagnósticos da Covid-19. Profissionais do Hemominas, em Belo Horizonte, MG, querem replicar um modelo de aceleração de exames que, ao menos em outros exames, consegue otimizar o tempo entre coleta de amostras e resultados em 40 vezes.
Como se sabe, o exame mais completo exige o envio para um laboratório, e as filas podem demorar dias. Há casos em que pacientes com a suspeita da doença morrem antes da confirmação do diagnóstico. Os testes rápidos de farmácia possuem baixa eficácia e por isso não entram na conta dos números oficiais.
O Brasil, por exemplo, só testou cerca de 500 mil casos suspeitos. Em um país de proporções gigantescas, com mais de 200 milhões de habitantes, o número é baixo.
O método usado no Hemominas, segundo Fernando Basques, médico patologista da fundação, consiste na percepção da infecção a partir do paciente. Isso difere de outras metodologias nas quais após a detecção do vírus o "pool" é analisado amostra a amostra até detectar a que apresenta resultado positivo. Assim, se ganha muito tempo.
Caso a presença do coronavírus seja detectada, desenvolvemos um método que identifica qual o paciente, dentre todos aqueles analisados ao mesmo tempo, está infectado."
Para Basques, essa pesquisa surgiu da necessidade de adequação de diagnósticos à realidade brasileira. No geral, é muito difícil testar a população de um país de proporções continentais como o nosso.
Se o método será adequado para trabalhar com os exames disponíveis para a Covid-19 isso ainda dependerá de testes. Mais novidades sobre essa possibilidade deverão ser divulgadas em revistas científicas, mas é possível que a Anvisa, nesse momento de pandemia, autorize mais rapidamente algumas etapas burocráticas para uma eventual implementação.
E você, o que acha desse possível - e incrível - avanço na testagem para a Covid-19? Conte para a gente nos comentários!
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