Economia e mercado 17 Ago
Enquanto o cenário ainda é de total incerteza quanto a uma nova permissão dos Estados Unidos para que a Huawei forneça atualizações do Android, o mercado segue de olho no impacto da guerra comercial que o governo Trump move contra a China.
Fontes que trabalham na Casa Branca informaram nesta semana que os EUA podem estar preparando uma nova rodada de sanções contra a gigante chinesa. A consequência mais imediata foi uma queda generalizada nas ações de empresas que fornecem peças para smartphones.
O presidente Trump deve usar uma nova ordem executiva para proibir a Huawei de comprar chips comerciais (Qualcomm, MediaTek e Samsung) sem autorização do Departamento de Comércio.
Um exemplo disso pode ser observado na MediaTek. A fabricante taiwanesa se tornou o "refúgio" da Huawei após o fim da fabricação dos chips Kirin. Nesta terça, a empresa viu suas ações desabarem mais de 9% na Bolsa de Taiwan.
Já a NovaTek, empresa que projeta drivers e outros circuítos de display, também caiu 8%, enquanto que a fabricante de lentes Largan Precision desvalorizou 3%. Apesar de desconhecidas, essas companhias são essenciais no mercado de smartphones e sofrem com a incerteza provocada pelo governo dos EUA:
Outras empresas que foram afetadas incluem: Sony, Samsung Electronics, SK Hynix, Kioxia, Nanya Tech e outras fabricantes europeias.
Como consequência, empresas como a Qualcomm começaram a usar lobistas em Washington em busca de remediar a situação. A intenção é convencer o governo estadunidense a relaxar as restrições, uma vez que o mercado inteiro está sendo afetado pelas sanções contra a Huawei.
Apesar de todo o problema provocado pelas sanções, a Huawei continua crescendo no mercado global de smartphones e isso preocupa todas as fornecedoras. Isso porque elas estão perdendo bilhões de dólares ao não vender peças para a chinesa.
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