A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quarta-feira (13) que a pandemia de coronavírus ainda é uma “emergência de saúde pública de importância internacional”, e em vista da “resposta insuficiente das nações”, ainda será classificada como “pandemia”.

A decisão unânime do comitê foi anunciada por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, que reforça alertas quanto à possibilidade do surgimento de novas ondas e subvariantes de risco devido ao “comportamento imprevisível do SARS-CoV-2”.

O líder demonstra preocupações sobre o relaxamento das medidas restritivas em vários países, como o Brasil, que desobrigou o uso de máscaras em vários estados. Tais decisões são tomada com base na queda de infecções — no último dia 10, houve uma redução de 24% no número de casos em todo o mundo em relação à semana anterior.

A aparente baixa dos registros de transmissão da doença é tida como um fator positivo pela OMS, mas esse parâmetro estão levando a “suspensões brutais” de restrições que ameaçam o início de novas ondas de contaminação. Além disso, algumas regiões enfrentam novos picos de transmissão devido à subvariante BA.2 da Ômicron.

Ghebreyesus declara que ainda não é o momento adequado para baixar a guarda. Ao contrário, é tempo de “aumentar os esforços para salvar vidas”. O diretor acrescenta que há necessidade de maiores investimentos para fortalecer sistemas de saúde e distribuir ferramentas de prevenção igualmente em todas as nações.

É estabelecida uma meta para que todos os países vacinem ao menos 70% de seus habitantes até o fim deste semestre. Dados do Our World In Data mostram que o Brasil tem 76,4% de sua população totalmente vacinada — taxa acima da média global de 59%.

A OMS também está atualizando suas diretrizes de combate ao vírus. Entre as mudanças, há alertas sobre problemas de requisitos desiguais de vacinação em vários países, o que impacta negativamente viagens internacionais. Para mais, é recomendado que o monitoramento de casos seja mais preciso e acessível por todas as populações.