Segurança 02 Mai
O chefe do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor nos Estados Unidos disse que a agência se preocupa com a forma como o Apple Pay e outros serviços de Big Techs estão entrando no mercado de empréstimos de curto prazo.
De acordo com Rohit Chopra, a agência começará a analisar "com muito cuidado" a atuação desses serviços de pagamento, uma vez que eles ultrapassaram uma "barreira" e agora estão trabalhando como financeiras.
Isso está sendo combinado com histórico de navegação, histórico de geolocalização, dados de saúde e outros aplicativos?. As ambições das Big Tech quando se trata de 'compre agora, pague depois' estão inextricavelmente ligadas ao desejo de dominar a carteira digital.
Para Chopra, o problema do Vale do Silício entrar nesse mercado de empréstimos está diretamente relacionado ao conflito de interesses, uma vez que muitas dessas empresas possuem acesso privilegiado aos dados pessoais do consumidor.
Qualquer gigante de tecnologia que tenha muito controle sobre um sistema operacional móvel terá vantagens únicas para explorar dados de comércio eletrônico de forma mais ampla [...] Qualquer empresa desse tipo continuará avançando nos serviços financeiros para obter insights ainda mais profundos sobre o comportamento do consumidor.
Citando como exemplo a China, mercado onde o AliPay e o WeChat já dominam o segmento de empréstimos, Chopra acredita que é preciso ter mais regulação do setor nos EUA.
Eu geralmente me preocupo que estejamos caminhando para esse tipo de sistema.
Por enquanto, a Apple não comentou o assunto, mas esse é um recado claro para o lançamento do "Apple Pay Later". Isso porque o parcelamento é considerado um empréstimo de curto prazo e tem outras regras nos EUA.
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