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Atualização (01/09/2023) - FM
O X (antes conhecido como “Twitter”) passará a coletar dados de biometria e histórico de empregos dos usuários como parte de sua meta em se tornar um “aplicativo para tudo”. Agora, conforme divulgado nesta sexta-feira (1º) em uma reportagem do Stackdiary, a empresa utilizará essas e outras informações para treinar modelos de inteligência artificial.
Uma nova mudança na política de privacidade do site indica que a empresa planeja utilizar os dados de usuários e outras informações disponíveis publicamente para ajudar a otimizar algoritmos de aprendizado de máquina. Veja o que diz a página:
Podemos usar as informações que coletamos e informações disponíveis publicamente para ajudar a treinar nosso aprendizado de máquina ou modelos de inteligência artificial para os fins descritos nesta política.
Elon Musk, proprietário da rede social, confirmou a mudança na política em resposta a uma publicação no X. “Apenas dados públicos, e não mensagens diretas ou qualquer coisa privada”, disse o executivo, sem detalhar quais tipos específicos de dados dos usuários serão utilizados para o treinamento de sua inteligência artificial.
Com “informações disponíveis publicamente”, é possível deduzir que a empresa utilizará publicações na rede social para otimizar algoritmos de inteligência artificial. Após fundar a xAI, Elon Musk deixou claro seu interesse na tecnologia e seu objetivo em integrá-la aos seus principais negócios — o que também incluiria a Tesla.
Recentemente, o X revelou seus planos em criar uma plataforma para competir com o LinkedIn chamada de "X Hiring". Para isso, a empresa deve passar a coletar dados de escolaridade, histórico de empregos e outras informações relacionadas de seus usuários, o que poderia ajudar a recomendar vagas de emprego em potencial para os trabalhadores.
É possível que a inteligência artificial seja parte fundamental desse e outros recursos que estão prestes a ser integrados ao X. A CEO Linda Yaccarino disse, em julho, que pretende transformar a rede social em um "aplicativo de tudo", onde os usuários teriam acesso a serviços de pagamentos e novas experiências com vídeo, áudio e mensagens de texto.
Texto original (31/08/2023)
O X, antes conhecido como “Twitter”, efetuou mudanças em suas políticas de privacidade que permitem coletar mais informações pessoais de seus usuários. De acordo com as alterações, a partir de 29 de setembro, a rede social terá acesso aos dados de biometria “para fins de identificação e segurança”, segundo a empresa.
Em nota enviada à CBS nesta quinta-feira (31), a companhia afirma que a coleta de dados biométricos será feita apenas com assinantes do X Premium — serviço que era conhecido como “Twitter Blue” antes da reformulação de marca feita por Elon Musk. O objetivo é agilizar o processo de verificação com um sistema de reconhecimento facial de terceiros.
“O X dará a opção de fornecer seu documento de identificação, combinado com uma selfie, para adicionar uma camada de verificação, e os dados biométricos poderão ser extraídos do documento e da imagem da selfie para fins de correspondência”, explica a rede social.
O sistema deve ajudar a vincular uma conta a uma pessoa física ao processar seu documento de identidade emitido pelo governo, segundo o X, prometendo mais segurança para os usuários e evitando casos de fraude na plataforma.
Embora a rede social não especifique quais dados de biometria poderão ser coletados, é mencionado que as informações serão utilizadas em tecnologias automatizadas, o que poderia incluir software de reconhecimento facial, detecção de impressões digitais e até mesmo escaneamento de palma e íris.
Observe que o ex-Twitter não é a única rede social que coleta dados de biometria de seus usuários para fins de verificação. O Meta Verified, por exemplo, requer uma selfie para efetuar reconhecimento facial junto à imagem de um documento de identificação oficial e fornecer o “selo azul” às pessoas que assinam o serviço.
A empresa também deve começar a reunir informações sobre escolaridade e trabalho de todos os usuários da plataforma. A nova política estabelece que a rede social poderá coletar “histórico de emprego, histórico educacional, preferências de emprego, habilidades, atividade de busca de emprego e engajamento, entre outros”.
Conforme menciona o documento, essa coleta de dados pode tornar os anúncios mais relevantes para os usuários, além de recomendar vagas de emprego em potencial para os trabalhadores, bem como ajudar empregadores a encontrarem candidatos.
Embora a maioria dos usuários optem por buscar vagas e candidatos no LinkedIn, a nova política reitera o compromisso do X em se tornar um “aplicativo de tudo”, que integrará serviços diversificados e alheios à sua proposta inicial de microblogging. Um exemplo é o X Hiring, uma plataforma para divulgação de oportunidades de emprego.
Linda Yaccarino, CEO do X, revelou o interesse da empresa em ingressar no negócio de fintechs com ferramentas para pagamentos e serviços bancários, além de elaborar novas experiências em áudio, vídeo e texto para a plataforma.
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