Ao que tudo indica, nós brasileiros logo contaremos com mais uma opção de streaming de música. Segundo fontes do mercado ouvidas pelo jornal Estado de São Paulo, o Amazon Music poderá chegar ao Brasil em breve, provavelmente entre o final de 2018 e o primeiro trimestre de 2019 – período necessário para estabelecer toda a operação, parcerias e montar uma equipe.

Nascido em 2014 como uma extensão do Prime, programa de vantagens da companhia americana para assinantes, o Amazon Music se tornou um serviço de streaming independente apenas em 2016. Nos Estados Unidos, a sua assinatura fica por cerca de U$$ 10, algo equivalente a aproximadamente R$ 40 em conversão direta – mas clientes que assinam o Prime ganham um desconto de 20% e pagam apenas U$$ 8, cerca de R$ 32.

De acordo com o jornal, a Amazon já chegou a realizar algumas reuniões no Brasil para apresentar o serviço às gravadoras e distribuidoras que atuam em nosso país, mas informações como o preço da assinatura mensal, valor de repasse as empresas e artistas, além de outros detalhes, ainda não foram divulgados.

Apresentando uma base de usuários com cerca de 20 milhões de contas ativas, de acordo com uma estimativa recente de mercado, o serviço de streaming da gigante do varejo ocupa uma boa posição e já supera outras grandes plataformas, como é o caso do Deezer, que diz ter 12 milhões de ouvintes. No entanto, ainda é visto muito atrás dos líderes Spotify, que possui 83 milhões de assinantes, e Apple Music, que soma cerca de 40 milhões.

Apesar de vislumbrar um mercado brasilieiro em expansão, com um crescimento de aproximadamente 64% no ano passado - quando comparado a 2016, a Amazon Music deverá encontrar uma concorrência de peso a sua frente, com grandes nomes como Spotify, Deezer e Apple Music muito bem estabelecidos por aqui.

Para viabilizar essa chegada, a companhia de Jeff Bezos está à procura de um executivo que possa assumir a responsabilidade do serviço em nosso país. Por isso, publicou um anúncio em seu site de empregos à procura de um profissional “com experiência provada em estabelecer negócios de mídia fora dos Estados Unidos” e com conhecimento em “áreas como desenvolvimento de negócios, marketing, finanças e tecnologia”. O escolhido ainda será o responsável por montar a equipe do serviço e liderará a operação a partir dos escritórios da empresa em São Paulo.

As novidades não param por aí. A Amazon também está buscando um profissional capaz de coordenar a produção de séries originais brasileiras para o seu serviço de streaming Amazon Prime Video, que está disponível em terras tupiniquins desde 2016. De acordo com a descrição da vaga, a procura é por um “executivo de televisão para desenvolver séries roteirizadas para os clientes do Prime Video”.

Ainda de acordo com o jornal, a companhia deve adotar uma estratégia muito semelhante a feita pela sua maior concorrente no país, a Netflix, com investimentos pesados na produção de conteúdo nacional. Um dos projetos, como exemplo, é fruto de um acordo com uma produtora local para o desenvolvimento de um programa baseado em livros de suspense escritos pelo escritor e musico Tony Bellotto.