Google 17 Ago
O Google estaria trabalhando para mover o Android para uma arquitetura baseada em 64 bits. Atualmente, o sistema operacional mobile roda em 32 bits, um padrão considerado antigo e ultrapassado por ser mais lento no processamento de dados.
Segundo informações do site Ars Technica, o plano do Google é liberar uma compilação do Android baseada em 64 bits para o Pixel Tablet, que deve ser lançado com chipset Tensor em 2023. O dispositivo seria o primeiro a receber a mudança.
A principal diferença entre 32 e 64 bits está no poder de processar uma quantidade maior de dados. Processadores com 32 bits costumam ser mais lentos e menos seguros. Já os chips de 64 bits são mais novos, rápidos e possuem uma segurança melhor.
O iOS, principal concorrente do Android, é baseado em 64 bits desde 2017. Contudo, como o sistema do Google é aberto com várias fabricantes de dispositivos móveis, a portabilidade para o 64 bits pode ser um longo caminho.
Já o ecossistema de aplicativos da Google Play Store deve estar mais adiantado no suporte a 64 bits, tendo em vista que o Google exigiu que os apps de código nativo (geralmente são jogos) precisam fornecer versões de 64 bits desde 2019.
Quanto ao hardware, todo SoC lançado nos últimos anos deve suportar 64 bits. Qualquer chip principal seguindo o design ARM recomendado suporta o processamento de 32 bits em três dos oito núcleos, com os outros cinco sendo apenas de 64 bits.
A ARM quer eliminar totalmente o suporte para 32 bits de seu design SoC em 2023, mas já existem rumores de que a Qualcomm não deseja seguir esse padrão recomendado por causa da China, que tem um ecossistema de apps próprios em 32 bits.
Por fim, a informação sugere que o suporte para apenas 64 bits pode ser um recurso padrão a partir do Android 14 de 2023, então o Pixel Tablet deve ser uma avaliação mais ampla para verificar a estabilidade do software com essa arquitetura.
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