Criptomoedas. Elas encerraram o ano de 2017 como um dos assuntos mais comentados no mundo da tecnologia e das finanças, graças a um crescimento fenomenal, e muitas pessoas e empresas querem participar da festa. Além de países planejando usar Bitcoins oficialmente em suas economias, outros querem criar suas próprias moedas digitais.

Esse também é o caso do Telegram, o mensageiro favorito daqueles que preferem "fugir" do WhatsApp. Segundo os documentos vazados e publicados no TechCrunch, a empresa desenvolvedora planeja trazer ao mundo nos próximos meses a Telegram Open Network (TON), um projeto baseado em blockchain, que poderá processar pagamentos com a criptomoeda nativa "Gram".

Para isso, o TON deverá ser financiado com uma oferta inicial de tokens (ICO), semelhante à oferta inicial de ações (IPO) que acontece na bolsa de valores. A diferença é que em vez de fazer um ICO com outras criptomoedas como bitcoin, o Telegram vai receber moedas tradicionais dos futuros investidores.

Abaixo, você confere um teaser vazado sobre a nova tecnologia.

Com a inauguração do TON, os usuários do Telegram poderão ter uma carteira virtual que será capaz de armazenar tanto moedas tradicionais, quanto a criptomoeda Gram, e permitirá realizar transações com outras contas do aplicativo - usuários humanos e bots.

Com uma reserva de moedas que chegará a 200 milhões de Grams, 4% delas serão mantidas com a equipe de desenvolvimento do Telegram por quatro anos. Cerca de 52% dos Grams serão retidos para proteger a criptomoeda contra especulação e manter a flexibilidade.

Investidores poderão comprar os outros 44%, e a pré-oferta inicial de tokens deve arrecadar até US$ 500 milhões dos primeiros compradores do Gram.

As informações indicam que os detalhes serão revelados oficialmente na próxima semana, mas a carteira só ficará disponível no quarto trimestre de 2018. Demais serviços seriam lançados apenas no próximo ano.