
20 Fevereiro 2018
Se você estudou em escolas públicas ao longo de toda a sua vida, é um pouco difícil imaginar robôs, computadores e diversas geringonças tecnológicas sendo usadas na sala de aula. Contudo, se depender dos esforços de algumas instituições e empresas privadas, é bem provável que esse cenário se torne uma realidade na educação brasileira ao longo dos próximos anos.
Durante a Campus Party Brasil 2018, evento de tecnologia e cultura digital que ocorre na cidade de São Paulo, a equipe do TudoCelular teve a oportunidade de conferir de perto alguns projetos e soluções educacionais que utilizam a tecnologia para educar crianças e jovens de todas as idades. Batizada de “Educação do Futuro”, a área contou até mesmo com um espaço de experimentação para que os pequeninos pudessem se divertir.
Uma iniciativa bem bacana que estava em exposição, por exemplo, são as plaquinhas micro:bit, criadas pela BBC e testadas em escolas públicas do Reino Unido. Trata-se de um microcontrolador aos moldes do Arduino, mas que teve seu design e ecossistema projetados para uso infantil: ele é bem menor, mais resistente e não apresenta partes pontiagudas que possam machucar alguém, por exemplo.
A interpretação dos códigos Javascript ou Python é feita por intermédio do processador ARM Cortex M0 de 32 bits, que trabalha ao lado de míseros 16 KB de memória RAM. Contudo, por outro lado, o gadget vem equipado com bússola, acelerômetro, sensores de luz e temperatura, uma matriz LED de 5x5, dois botões, cinco conexões de entrada/saída e uma porta micro USB. O suficiente para deixar a criatividade rolar solta.
O estande expôs diversas invenções feitas por alunos usando a plaquinha, incluindo termômetros e um simpático bonequinho enfeitado com luzes LED. Em outubro de 2017, a Positivo firmou uma parceria com a BBC e anunciou que pretende trazer as micro:bit para o Brasil ainda neste ano. A ideia é distribuir ao menos 100 mil unidades da microcontroladora no país, oferecendo-a para uso em escolas públicas.
Outra instituição que se destacou no espaço foi a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), que, além de expôr robôs projetados por alunos de graduação, também apresentou projetos tecnológicos educacionais realizados com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem. Através de seus projetos de extensão, a instituição oferece aulas de robótica para jovens do ensino médio e fundamental através do Centro de Referência de Educação Inclusiva (Cerei).
Utilizando Arduino e materiais de baixo custo, os estudantes foram capazes de criar, por exemplo, robôs que seguem linhas e que mexem os braços, além de piscar luzes LED. Victor, um dos universitários envolvidos no projeto, explica que o projeto auxilia os pequenos a desenvolver raciocínio lógico e matemático, além de agregar outras áreas de conhecimento que o fazem aprender de forma mais prazerosa.
Em nossa visita ao espaço Educação do Futuro, também encontramos impressão 3D aplicada à área educacional, kits de programação e muitas outras invenções bacanas que visam democratizar o aprendizado da tecnologia na rede pública. Continue acompanhando o TudoCelular para mais conteúdos da Campus Party Brasil 2018.
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