Zuckerberg não é o único nome da tecnologia a encarar uma sabatina no Congresso em 2018.

O CEO da Google, Sundar Pichai, foi convidado para prestar esclarecimentos após acusação do presidente norte-americano de que a companhia estaria manipulando os resultados da busca para desfavorecer opiniões dos republicanos. Ele aceitou, e o evento deverá ocorrer no próximo 5 de dezembro.

A proposta de apuração da eventual denúncia de Trump começou a ser desenvolvida há algum tempo, após o empresário e ex-apresentador de TV usar, mais uma vez, o Twitter para atacar o que chama de "veículos de fake news". Segundo ele, a gigante de buscas favorece essas empresas nos resultados, e esconde o que chama de "verdade dos fatos".

Explicando, é natural que a companhia destaque veículos tradicionais em seus resultados, como New York Times, BBC e CNN. Veículos independentes ou de credibilidade duvidosa tendem a ficar mal posicionados nos resultados. Como o presidente é contestado e criticado com frequência pela grande mídia norte-americano, se considera vítima de difamação, alvo de mentiras, e reclama da desigualdade do que considera verdade nas listas de resultados da Google.

Pichai terá um enorme trabalho para convencer o Congresso que a companhia não promove um trabalho injusto nesse sentido. Vale destacar que nas última eleições, ocorridas no início do mês, os republicanos - de Trump - conquistaram maioria ampla na casa.

O CEO também deverá ser questionado sobre o projeto DragonFly, buscador com censura a ser lançado futuramente na China já que a gigante não quer perder um mercado consumidor tão ávido. O episódio dos protestos contra o assédio dentro da empresa - tocado pelas mulheres que lá trabalham - pode ser outro tópico da discussão pública no início do próximo mês.

E você, acha que a Google oferece uma mediação justa de resultados para notícias sobre Trump? Conte para a gente nos comentários!