Tech 22 Mai
Além dos obstáculos óbvios encontrados em uma missão tripulada para Marte – nosso possível próximo grande destino em 2020 –, uma pesquisa acaba de revelar que aqueles corajosos o suficiente para encarar a viagem podem acabar com mais problemas do que o esperado.
De acordo com um experimento realizado em ratos de laboratório expostos a doses baixas de radiação (raios gama, neutrons e outras partículas), após seis meses, diversas particularidades preocupantes começaram a se manifestar.
Os cientistas que conduziram a pesquisa notaram mudanças no comportamento dos animais que incluíam dificuldade de interação social, concentração, problemas de aprendizado, redução na tolerância a transições luminosas e até mesmo falta de memória.
Outros detalhes também incluem sintomas relacionados a transtorno de estresse pós-traumático e alterações fisiológicas no cérebro.
O tempo de viagem até o planeta vermelho seria de 6 a 8 meses, e ainda precisaríamos considerar também a volta à Terra na equação, que também teria um grande peso.
Tendo dito isso, cientistas estimam que um a cada cinco astronautas poderia desenvolver além de quadros sérios de ansiedade, dificuldade na tomada de decisões, o que poderia arriscar não só a missão como a vida de todos os participantes.
As alterações cognitivas já haviam sido sugeridas em estudos prévios envolvendo deslocamento pelo espaço, ou seja, a pesquisa atual só fez confirmar as suspeitas e acrescentar ainda mais empecilhos quando falamos de trajetos mais longos.
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