Tech 22 Nov
Cientistas da agência governamental australiana CSIRO encontraram uma maneira de determinar a longevidade de espécies de vertebrados por meio de mutações no DNA – não confunda com as edições feitas há um tempo. Na lista de descobertas, está o “prazo de validade” dos seres humanos.
De acordo com os resultados do estudo, os pesquisadores viram que as pessoas são “programadas” para viver em torno de 38 anos. O pós-doutorando associado ao CSIRO, Dr. Ben Mayne, explica melhor o caso:
“Existem vários genes ligados à longevidade, mas as diferenças entre as sequências de DNA deles não parecem explicar as distinções na longevidade entre espécies. No lugar disso, acreditamos que a densidade de um tipo especial de mutação no DNA, chamada metilação do DNA, determina a longevidade natural dos vertebrados.”
Dr. Ben Mayne
Pós-doutorando associado ao CSIRO
Metilação do DNA
Conforme a explicação de Mayne, essa metilação do DNA não chega a alterar a sequência do gene. No lugar disso, atua como uma espécie de “interruptor” para controlar quando está ligado.
Por meio da sua densidade, os cientistas utilizam 42 genes distintos e comparam com o tempo de vida já conhecido nos genomas de 252 espécies diferentes de vertebrados – presentes em bancos de dados públicos, tais quais a Animal Ageing and Logevity Database e o NCBI Genomes.
Entre os exemplos descobertos, está a Baleia da Groelândia, a qual poderia alcançar 268 anos de vida, 57 a mais do que era conhecido até então. Já um Mamute Lanoso conseguia viver por 60 anos, antes de ser extinto há aproximadamente 10 mil anos.
O motivo pelo qual os humanos conseguem viver mais de 38 anos está nos avanços medicinais descobertos e aplicados na atualidade. Além disso, alterações no estilo de vida e uma alimentação melhor também contribuem para que as pessoas consigam ultrapassar – e muito – o seu “prazo de validade”.
O que você achou da descoberta dos pesquisadores australianos? Comente conosco!
Comentários