Tech 17 Mar
Enquanto há planeta “apocalíptico” com tempestades de ferro derretido, outros são congelados – devido à distância para a estrela na qual orbitam – e, por isso, não conseguem abrigar vida. Contudo, um novo estudo parece ter descoberto uma forma de torná-los habitáveis.
De acordo com um estudo feito pelo astrofísico da Universidade de Harvard, Avi Loeb, e pelo astrobiólogo do Instituto de Tecnologia da Flórida, Manasvi Lingam, é possível usar o calor de radioatividade para transformar um astro tomado pelo gelo em um local habitável.
Eles analisaram três fontes de calor para um planeta sem um sol: sobra da sua formação, decaimento radioativo de isótopos de vida longa e o decaimento radioativo de isótopos de curta duração.
“Isso lhe dá a liberdade de estar em qualquer lugar. Você não precisa estar perto de uma estrela.”
Avi Loeb
Astrofísico da Universidade de Harvard e coautor da pesquisa
A quantidade para tornar a água sólida em líquida dentro de um planeta consiste em cerca de mil vezes a abundância dos dois tipos de isótopos radioativos na Terra. Os pesquisadores descobriram que seria necessário ter 100 vezes mais radionuclídeos para manter o etanol líquido por centenas de milhões de anos em um planeta com massa similar ao nosso.
Apesar de a vida multicelular não conseguir sobreviver nessas condições – as quais representariam muitas vezes mais do que as médias de Chernobyl pós-acidente nuclear –, micro-organismos conseguiriam sobreviver, como o Deinococcus radiodurans.
Caso exista um planeta com uma situação semelhante, que não esteja próximo ao centro da Via Láctea, poderá ser descoberto apenas em 2021, quando o Telescópio Espacial James Webb for lançado.
Você acredita que outros planetas podem se tornar habitáveis por meio da radioatividade? Participe conosco!
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