Tech 25 Abr
Depois de autorizar a utilização da saliva dos pacientes, agora os Estados Unidos descobriram um novo método de testagem da Covid-19 com resultado promissor. Pesquisadores conseguiram detectar o coronavírus com 95% de precisão em menos de 40 minutos com a ferramenta Crispr, voltada a edição genética.
O estudo foi feito por cientistas da Universidade da Califórnia e da companhia de biotecnologia Mammoth Biosciences, publicado na revista Nature Biotechnology. Este é o primeiro levantamento a ser analisado por mais cientistas.
O principal avanço com a ferramenta é a diminuição do prazo para detecção. Até então, o tempo de espera era de aproximadamente cinco horas. O Crispr também possui capacidade de cortar e alterar o código, a fim de identificar determinadas partes do material genético (DNA ou RNA).
Para falar mais especificamente sobre o SARS-CoV-2, os especialistas decidiram programar o sistema – que ganhou o nome de Detectr nessa função – para encontrar dois genes ligados à Covid-19, os quais foram retirados em amostras de pacientes com a doença confirmada.
Nas 40 amostras positivas totais submetidas ao experimento pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o Detectr conseguiu detectar o novo coronavírus em 38 – uma precisão de 95%. Nas outras duas, houve falsos-negativos. Quando foi colocado para avaliar 42 amostras negativas, o sistema conseguiu acertar em todos os testes.
Apesar de sua agilidade, a técnica de edição genética tem como ponto fraco a escalabilidade. Isso significa que, diferente do RT-PCR, ele não consegue detectar em massa ao mesmo tempo.
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