Android 04 Jun
A Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), uma das principais entidades de pesquisa da COVID-19 nos EUA, sofreu um ataque hacker que "sequestrou" dados médicos da instituição. O grupo responsável é conhecido por atacar organizações de saúde, utilizando o chamado ransomware, de nome "NetWalker", para o ataque.
O NetWalker acessa a rede de alvos, coleta informações e as criptografa, para que os cibercriminosos possam então pedir um resgate em troca da devolução dos dados. Em seu blog na Dark Web, os responsáveis pelo ataque da UCSF divulgaram capturas de tela e parte da descrição da página da universidade, ato comum para comprovar a autoria, bem como um cronômetro que indica o vazamento de dados sensíveis no próximo dia 8 de junho, como maneira de garantir o recebimento do dinheiro.
Em entrevista ao site Bloomberg, Peter Farley, diretor de comunicações da instituição, confirmou o ataque, mas não detalhou qual rede ou ainda quais dados foram comprometidos, garantindo no entanto que especialistas em segurança e oficiais da lei foram avisados, e estão auxiliando nas investigações da invasão.
Peter afirmou que "com a assistência deles, estamos realizando uma avaliação completa do incidente, incluindo uma determinação de quais informações, se houver alguma, podem ter sido comprometidas. Para preservar a integridade da investigação, precisaremos limitar o que podemos compartilhar no momento".
Ainda nesta semana, algumas reviravoltas a respeito das pesquisas relacionadas ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19. Um estudo da publicação científica The Lancet indicou que o uso da substância era ineficaz, mas cientistas reivindicaram os resultados em carta aberta. Hoje, diante da enorme polêmica, o estudo foi retirado do ar, o que fez a Organização Mundial da Saúde retomar as pesquisas com o medicamento.
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