
Segurança 04 Jun
Atualização em 04/06/20 - BB
Após a polêmica sobre o estudo publicado na revista The Lancet sobre a ineficácia da cloroquina e hidroxicloroquina no combate à COVID-19, três dos autores das pesquisas pediram ao periódico científico a remoção do conteúdo. De acordo com eles, os pesquisadores "não conseguiram concluir uma auditoria independente dos dados que sustentam sua análise".
Com isso, os responsáveis pelo estudo chegaram à conclusão de que não é possível garantir a veracidade das informações que foram divulgadas a princípio. Os dados fornecidos pela Surgisphere foram o principal obstáculo encontrado pelos pesquisadores.
"A Lancet leva a sério as questões de integridade científica, e há muitas questões pendentes sobre a Surgisphere e os dados que supostamente foram incluídos neste estudo. Seguindo as diretrizes do Comitê de Ética em Publicações e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas, são urgentemente necessárias análises institucionais das colaborações de pesquisa da Surgisphere", diz a nota na The Lancet.
Vale lembrar que, após a contestação do estudo publicado, a Organização Mundial da Saúde retomou as pesquisas com os fármacos no tratamento da doença.
Atualização em 03/06/20 - BB
Coronavírus: estudo sobre ineficácia da cloroquina será auditado após contestação de cientistas
O uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina tem se transformado em polêmica nas últimas semanas. Enquanto o presidente norte-americano Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro defendem o uso dos fármacos, alguns cientistas contestam sua eficácia.
Com isso, um estudo foi publicado no The Lancet apontando que o medicamento não só é ineficaz, como traz riscos para os pacientes.
Entretanto, dias após a publicação da pesquisa alguns cientistas contestaram o estudo, o que fez a comunidade científica se dividir em relação ao uso das drogas. Ao passo que a Organização Mundial de Saúde suspendia os testes com os fármacos, os estudiosos que contestaram o estudo enviaram uma carta à instituição solicitando uma revisão dos dados.
Devido a esse impasse, a própria revista solicitou uma auditoria na revista, que será realizada por uma empresa independente, que analisará a qualidade dos dados utilizados no estudo. A pesquisa inicial se apoia em uma base de dados da Surgisphere, uma empresa sediada em Chicago, nos Estados Unidos. São essas informações que estão sob auditoria e preocupam os editores da The Lancet.
A revista publicou uma nota sobre a revisão:
Importantes questões científicas foram levantadas sobre dados relatados no artigo de Mandeep Mehra et al. — Hidroxicloroquina ou cloroquina com ou sem um macrolídeo para tratamento de Covid-19: uma análise de registro multinacional — publicado na The Lancet em 22 de maio de 2020. Embora uma auditoria independente da proveniência e da validade dos dados tenha sido encomendada pelos autores não afiliados ao Surgisphere e esteja em andamento, com os resultados esperados muito em breve, estamos emitindo uma manifestação de preocupação para alertar os leitores para o fato de que sérias questões científicas foram trazidas a nossa atenção. Atualizaremos este aviso assim que tivermos outras informações
Vale ressaltar que a The Lancet ainda publicou outro comunicado alertando para uma correção sobre dados do estudo, mas, segundo a revista, as alterações não afetaram o teor dos resultados da pesquisa.
Artigo original em 29/05/20:
COVID-19: estudo na The Lancet sobre cloroquina tem validade questionada por cientistas em carta aberta
A cloroquina e a hidroxicloroquina são substâncias que geraram muita discussão recentemente por conta do coronavírus, que tem causado grande comoção em todo o mundo pela pandemia. Recentemente um estudo a respeito da substância mostrou que ela não é eficaz no tratamento da COVID-19, entretanto, agora dezenas de cientistas questionam a validade dele em uma carta aberta.
A carta intitulada como "Hidroxicloroquina ou cloroquina com ou sem macrolídeo para tratamento de COVID-19: uma análise de registro multinacional", em tradução literal, questiona os métodos utilizados pelo estudo publicado na The Lancet para determinar a ineficácia do fármaco que é utilizado para tratar outras doenças como lúpus, malária e artrite reumatóide.
O estudo publicado na revista em 22 de maio foi responsável por levar a Organização Mundial de Saúde - OMS a suspender os testes clínicos com a substância, medida que foi ignorada pelo governo brasileiro ao manter o protocolo de uso da cloroquina desde os primeiros sintomas de coronavírus.
A conclusão do estudo foi que a hidroxicloroquina não é eficaz no tratamento de coronavírus, mas também aumenta a mortalidade dos pacientes, semelhante ao que foi observando no estudo realizado em Manaus, onde 11 morreram ao receber doses mais elevadas do medicamento.
Diante disso, dezenas de profissionais analisaram minuciosamente a publicação e descobriram vários pontos estranhos como falta de acesso às informações de base da pesquisa e revisão ética dos resultados e desses dados.
Diante disso, os pesquisadores e médicos de todo mundo que assinam a carta aberta pedem à OMS uma revisão minuciosa da pesquisa por alguma instituição respeitada e independente. Dentre os assinantes estão membros de Harvard e até mesmo do Imperial College London que contestam e desejam informações mais abrangentes sobre como o estudo concluiu que a substância não é eficaz.
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