Para quem gosta de aeronaves, o time-lapse que a Nasa acaba de divulgar com a construção da supersônica X-59 Quiet SuperSonic Technology é um deleite. Em menos de um minuto, vemos uma série de estruturas e peças se unirem até ganharem os primeiros traços de um avião. A máquina deve ter um primeiro voo em 2022, apelidada de "filho do Concorde", e está em fase de fundição de suas principais partes.

Com a sigla QueSST, este é um projeto que pretende alcançar velocidades supersônicas sem produzir o famoso "sonic boom" que é ouvido na terra e que pode causar perturbações, até mesmo quebrar janelas.

A aeronave está em construção na Lockheed Martin Skunk Works, em Palmdale, Califórnia, e é projetada para voar a aproximadamente 660 mph ao nível do mar, sem causar o estrondo sônico. Para conseguir isso, a Nasa está trabalhando com várias comunidades do Estados Unidos para entender a resposta o som da aeronave e ter relatórios para que possam ajustar as futuras regulações.

Para a montagem, a equipe tem usado recursos de grande precisão para localizar a asa da aeronave, o conjunto da cauda e a fuselagem (ou seção dianteira —que deve atingir um nariz de 9,15 metros na versão final) e, em seguida, empregou uma série de projeções a laser para confirmar o encaixe.

David Richardson, diretor de programa da Lockheed Martin, comentou o uso das tecnologias:

“O uso extensivo de recursos e orifícios pré-perfurados de tamanho real reduziu significativamente o tempo que leva para localizar e encaixar as peças, especialmente em grandes montagens como esta. É mais ou menos como um jogo de Lego. Usamos o rastreador a laser para garantir que tudo esteja alinhado de acordo com as especificações de engenharia antes de parafusá-lo permanentemente”.

Além disso, no interior, a cabine vai ser semelhante a um escritório, e o piloto verá o céu à frente por meio de um monitor 4K, que exibirá imagens complexas processadas por computador de duas câmeras montadas acima e abaixo do nariz do avião. A Nasa chama essa de eXternal Vision System ou XVS, que funciona como um apoio de segurança para o piloto manobrar com mais segurança.

Dave Richwine, vice-gerente de projetos de tecnologia do LBFD da Nasa, ressalta que “um marco como este — ver o avião se formando como uma unidade só — realmente revigora e motiva a equipe”.

E você, também se sentiu revigorado ao ver a construção dessa máquina? Deixe suas impressões!