
Segurança 26 Ago
10 de outubro de 2021 32
Atualização (10/10/2021) - por DT
A eutanásia da colombiana Martha Liria Sepúlveda foi suspensa pela clínica responsável pelo procedimento após uma ampla repercussão do caso pelo fato da mulher não ter uma doença terminal que justificasse a realização do método.
O procedimento estava previsto para ser realizado neste domingo (10) às 7h na hora local e 9h em Brasília. Portadora de esclerose lateral amiotrófica (ELA), a colombiana de 51 anos foi a primeira pessoa sem estado terminal a ter a eutanásia autorizada na Colômbia.
“Após reunião, em que revisamos e analisamos de forma ampla o pedido de Martha Liria Sepúlveda, decidimos de maneira unânime cancelar o procedimento de eutanásia, programado para 10 de outubro de 2021”, afirmou o hospital a uma rádio local.
A clínica disse ainda que a decisão é amparada pelo Ministério da Saúde que pede a criação de um comitê para avalizar este tipo de procedimento, formado por vários especialistas responsáveis por revisar os casos.
“A partir de relatórios atualizados do seu estado de saúde e da evolução da paciente, definimos que não se cumpre o critério de doença terminal que havia sido determinado por um primeiro comitê", disse a clínica.
Em entrevista à BBC Mundo, o advogado de Liria, Lucas Correa, disse que a decisão é "ilegítima, ilegal e arbitrária". A defesa afirma que a suspensão do procedimento viola o direito da paciente de morrer dignamente.
A eutanásia, ou morte assistida, é legalizada na Colômbia desde 1997. Porém, a prática valia apenas para pacientes que tivessem doenças terminais, ou seja, em situação já irreversível. A medida é vista como uma forma de por um fim ao sofrimento do paciente.
Entretanto, em julho de 2021, a Corte Constitucional da Colômbia aprovou a extensão do acesso à eutanásia para pessoas que não estejam em estado terminal. A decisão teve 6 votos favoráveis e 3 contrários.
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Texto original (07/10/2021)
Uma mulher conseguiu na Justiça o direito de ser submetida a uma eutanásia — procedimento que consiste em abreviar a vida de um paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos — na Colômbia. Aos 51 anos, Martha Liria Sepúlveda é a primeira pessoa a possuir a autorização para o procedimento sem estar em estado terminal no país.
Algumas pessoas aceitam preservar seu cérebro em técnica que resulta na perda da própria vida, outras apoiam tanto o direito a uma morte simples e indolor mesmo durante uma vida “saudável” que já desenvolveram uma “máquina do suicídio”.
Com o procedimento marcado para o próximo domingo (10), a mulher diz que está aliviada. Martha sofre com esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa e sem cura. Por conta da condição, ela não consegue mais andar e sente fortes dores no corpo.
Em entrevista à emissora colombiana Caracol, Martha explica que tomou a decisão pois não aguenta mais tantas dores e escolheu um domingo de manhã para a eutanásia pois é o dia em que tradicionalmente frequenta a missa da igreja. A mulher é católica e disse que encontrou resistência dentro da igreja com a escolha:
Faço isso porque estou sofrendo e porque creio em um Deus que não quer me ver assim. Para mim, Deus está me permitindo isso, então se gosta de mim, não gosta de me ver nesta situação. [...] Como sempre vamos à missa, quis que fosse em um domingo. Quero que o procedimento, a cremação, a entrega das cinzas e a eucaristia ocorram no mesmo dia. E que não sejam em uma sala de velórios, acho que isso aumenta o sofrimento das pessoas.
A Colômbia flexibilizou as regras para a realização de eutanásia em junho. No entanto, o procedimento em que os médicos permitem o óbito do paciente só havia sido autorizado até o momento para pessoas em estado terminal.
Os últimos dias de Martha devem ser perto dos familiares, com cerveja e comida. Seu filho, de 22 anos, diz que entende a decisão da mãe, apesar de querer mais tempo com ela:
Em princípio preciso da mamãe, quero ela comigo, quase em qualquer condição. Mas sei que em suas palavras ela já não vive mais, apenas sobrevive. [...] Meu foco agora é em fazê-la feliz, fazer com que ela ria, em divertir um pouco. E que sua estada na Terra, pelos dias que ainda restam, seja um pouco mais amena.
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