Anunciado oficialmente para o mercado brasileiro no começo do último mês de agosto, o Amazfit GTS 4 Mini chegou sob a proposta de entregar um conjunto quase tão completo quanto a variante normal, mas cobrando um pouco a menos por isso.

Agora, o relógio está em nossa bancada e todos os detalhes dessa versão “reduzida” você confere a seguir, na nossa análise completa.

Comercializado em quatro cores: mint blue (verde), flamingo pink (rosa), midnight black (preto) e moonlight white (dourado), o GTS 4 Mini vem acompanhado de itens comuns para esse tipo de produto, cercado por manual de instruções, certificados e carregador magnético proprietário.

Mantendo o padrão de design que já estamos acostumados a ver nessa linha, com traços que lembram muito o Apple Watch, o relógio da Amazfit traz um bom conjunto de materiais, com pulseira de silicone, caixa que mescla alumínio e plástico duro, e frente e fundo com acabamento em vidro. Tudo isso, a prova d’água.

Pesando 19 gramas, com apenas um botão localizado na lateral direita, o vestível traz grande parte dos sensores reservados à parte inferior, enquanto o painel frontal carrega uma boa tela AMOLED de 1,65 polegadas com 309 dpi de definição.

As bordas do visor são relativamente finas, mas ainda mantém distante o objetivo de ocupar toda a parte frontal apenas com a tela.

O dispositivo ainda traz sensores para regulagem automática do brilho e seu display conta com o recurso Always On, que mantém o visor sempre ativado, aproximando o funcionamento do vestível de um relógio comum; apesar de o recurso poder impactar diretamente na autonomia.

Logo, podemos constatar que temos em mãos um conjunto bastante competente e que as escolhas de design da Amazfit foram de bom gosto, sendo possível observar um certo cuidado da marca com relação aos detalhes – algo que deve agradar boa parte dos possíveis usuários.

E se o design e a construção não decepcionam, a depender da pretensão do usuário, o sistema embarcado é algo que pode deixar a desejar. Isso, pois ao levantar todos os pontos, ainda pode ser difícil chamar o GTS 4 Mini de smartwatch.

Colocando em um breve comparativo, o relógio da Amazfit pode ser considerado apenas como um monitor de atividades incrementado.

Por aqui, contamos com todos os requisitos preenchidos para compor um dispositivo do tipo, sendo possível acompanhar os seus índices de estresse, passos dados, batimentos cardíacos, oxigenação do sangue, horas de sono dormidas e os índices das suas sessões de treino.

Ao todo, são mais de 120 modalidades de treino disponíveis, com opções que vão desde a caminhada ao ar livre até a natação em mar, piscina ou rio; sendo que todas as atividades a céu aberto podem ter sua movimentação devidamente registrada graças ao GPS embutido.

Mas e os diferenciais?

Ainda jogando com as comparações, ao colocar o GTS 4 Mini ao lado de uma smartband como a Xiaomi Band 7, por exemplo, temos alguns diferenciais importantes – que podem, aos olhos de alguns usuários, justificar a diferença de preço entre os dispositivos ou entre este e um relógio mais barato.

Além de trazer uma tela maior, o GTS conta com alguns recursos adicionais, com a alternativa para instalar mini aplicativos e a possibilidade de usar a Alexa, da Amazon.

É isso mesmo! O dispositivo conta a assistente virtual da gigante do varejo. Basta apertar e segurar o botão lateral ou acessar o widget disponível nos menus do relógio para ter acesso ao recurso.

No entanto, para funcionar, o vestível precisa estar devidamente pareado com o smartphone – já que não tem conexão própria com a internet – e uma conta Amazon precisa estar logada junto ao aplicativo da empresa; que falaremos melhor logo a seguir.

Infelizmente, não tem como pedir para que a assistente realize chamadas através do relógio. Na verdade, diferente do que é visto na versão “normal” do GTS, não é possível nem receber e nem fazer chamadas através do dispositivo.

De qualquer forma, graças ao microfone embutido, as requisições são entendidas pela assistente de forma bastante clara, sem precisar necessariamente aproximar o relógio muito da boca.

Quanto aos mini aplicativos, temos aqui a possibilidade de estender um pouco a usabilidade do relógio da Amazfit – apesar de, como dito, ainda ser difícil classificar o vestível como um smartwatch.

Esses mini apps, que podem ser acessados através da App Store no Zeep, estendem a utilidade do relógio centímetros a frente, sendo bastante pontuais. Esqueça Spotify, Strava, Google Fit e outros; aqui você irá encontrar opções como Calculadora, Hora da Água, Escovar os Dentes, etc.

Os únicos apps presentes que fazem comunicação com terceiros são os Notify for Gclock e o Notify for Maps. Estes, para interagir com os apps de relógio e de mapa do Google.

Aplicativo

Ainda tratando de aplicativo, mas partindo para o celular, aqui, entrando em acordo com o ZeppOS, que é o sistema embarcado no 4 Mini, temos o app da empresa, o Zeep.

Este, com as informações coletadas pelo vestível, é capaz de manter um histórico completo dos dados do usuário, mantendo registro de passos dados, sessões de atividades físicas realizadas, batimentos cardíacos, índices de estresse e oxigenação, informações sobre o ciclo menstrual, registro de sono, etc.

Com o dispositivo devidamente conectado via Bluetooth, o app ainda permite que o usuário possa realizar ajustes mais avançados no que envolve a realização das medições, definir alarmes e objetivos, e escolher novos mostradores para a tela.

Além do mostrador padrão, é possível escolher e sincronizar uma nova watchface a partir de uma “loja” embutida no próprio Zeep. Esta, conta com muitas opções disponíveis, com mostradores divididos em uma grande variedade de categorias – sendo que boa parte das opções faz bom proveito da tela AMOLED do dispositivo.

Munido de uma bateria de 270 mAh que pode ser carregada em pouco menos de 2 horas, a autonomia do GTS 4 Mini é boa, mas não chega a surpreender.

Em nossos testes, com Always On ativado, duas sessões de treino de 1 hora, acompanhamento contínuo dos batimentos cardíacos e monitoramento do sono, o relógio foi capaz de suportar 8 dias longe das tomadas – como divulgado pela própria Amazfit.

Com isso, quando colocamos a autonomia do dispositivo frente a de monitores de atividades mais simples, como algumas smartbands, notamos que ele fica com a dianteira de alguns poucos dias. No entanto, a marca alcançada em nossos testes e a promessa dos 15 dias longe do carregador para um uso mais passivo não chega exatamente a surpreender.

Mas então, com todos esses pontos levantados, o GTS Mini 4 vale a pena ou não?

Sem sombra de dúvida, o novo relógio da Amazfit pode ser considerado como uma boa opção para quem quer um companheiro nas suas sessões de treino, contando com mais de 120 modalidades de atividades físicas disponíveis e GPS integrado.

Além disso, seu design minimalista e conciso, em união ao seu acabamento de qualidade, transforma-o em um acessório que pode ser encaixado em qualquer momento, seja um encontro entre amigos, seja uma sessão de treinos na academia, seja uma reunião mais formal.

Mas ele não é perfeito! Dentro dos moldes de ser um bom monitor de atividades, o relógio entrega um conjunto que vai até um pouco além, trazendo a Alexa integrada e a possibilidade de instalação de alguns – não tão úteis – mini aplicativos.

No entanto, se analisado de outra perspectiva, diferente da variante “normal” do GTS, a versão Mini que temos em mãos fica ainda mais distante do que é ser um smartwatch, de fato.

Aqui, não temos como atender ou realizar chamadas através do Bluetooth e nem como conectar um fone externo para ouvir músicas, por exemplo – até porque estas não têm como ser carregadas na memória interna do relógio.

Com isso, dizer se o GTS 4 Mini vale a pena ou não passa a ser uma questão de gosto e bolso. Para quem gostou do design do relógio, faz questão da Alexa integrada e está disposto a pagar os R$ 600 cobrados no varejo, não tem como dizermos que o relógio é uma escolha ruim.

Porém, para quem não faz questão de tanto e quer dar uma economizada significativa, talvez seja melhor apostar em uma solução mais simples, como a oferecida pelo Amazfit Bip 3 – que já fizemos a review por aqui. Afinal, apesar de não ter um acabamento e uma tela de tanta qualidade e nem trazer recursos como a Alexa, ele também é um bom monitor de atividades.

Agora, para quem achou que o conjunto do GTS 4 Mini faltou uma “pitada de sal” e não quer gastar muito a mais, indo para o GTS 3 ou 4, por exemplo, apostar em uma opção de outra marca, como o Huawei Watch Fit 2, pode ser uma ótima alternativa, já que grande parte das faltas cometidas pelo vestível analisado aqui são preenchidas no dispositivo da concorrente.

Pontos fortes e fracos

Mas e você, o que achou do novo relógio da Amazfit? Conta para a gente aqui nos comentários! Como de costume, os melhores preços você confere nos cartões abaixo! Um abraço e até a próxima ;)