
Tech 29 Out
Sob a promessa de entregar ainda mais do que já vimos nas gerações anteriores, o Amazfit GTR 4 foi oficializado há pouco mais de um mês aqui no Brasil. Mas será que o novo smartwatch da marca chinesa é capaz de superar seus antecessores e ainda bater de frente com a forte concorrência? É isso que você confere a seguir, na nossa análise completa.
Disponível em três variantes: com pulseira de fluorelastômero, nylon e couro, a nova versão do GTR traz consigo um design elegante, com acabamento de bastante qualidade, com estrutura que mescla liga de alumínio, policarbonato e aço inoxidável.
Resistente a água, o smartwatch carrega dentro de si um conjunto de sensores bastante competente. Além dos rotineiros sensores para acompanhamento dos seus índices corporais, o relógio ainda é munido de giroscópio, barômetro, acelerômetro, bússola e sensor de luminosidade – para ajuste do brilho da tela.
E por falar em tela, o vestível da Amazfit sustenta um visor com tecnologia AMOLED de 1,43 polegada revestido em vidro temperado. Aqui, as cores exibidas são bastante vívidas e graças a alta densidade é praticamente impossível enxergar pixels ou serrilhados nos itens da interface do sistema.
Em mãos, temos a variante com pulseira de couro e esta, por sua vez, traz o mesmo mecanismo de troca facilitada que já vimos em outros relógios da marca.
Apesar do couro combinar muito bem com o marrom clássico dessa versão, outras pulseiras, de outras cores e materiais, também devem cair muito bem – servindo melhor, inclusive, para momentos de uma atividade física mais intensa ou um mergulho na piscina; já que umidade e couro não costumam se dar tão bem.
Com tela com recurso Always On e coroa giratória para navegação que já vimos em versões anteriores da linha, o GTR 4 traz o ZeppOS como sistema operacional embarcado – assim como acontece em outros relógios da marca.
Apesar do sistema correr de forma bastante fluída, sem nenhum tipo de travamento ou engasgo, a escolha da Amazfit pelo S.O carrega um certo peso.
Por mais que tudo funcione muito bem por aqui, o Zepp ainda é um tanto quanto limitado se levarmos em consideração outras opções disponíveis no mercado.
Apesar de trazer suporte a um ecossistema de mini aplicativos, a funcionalidade do relógio não pode ser estendida para muito além. Com isso, não espere suporte a apps de terceiros como Spotify, Google Fit e outros; aqui você irá encontrar opções mais simples, como Calculadora, Hora da água etc.
Mas apesar da limitação, o relógio ainda conta com um conjunto interessante de recursos. Além de trazer GPS integrado com promessa de alta precisão, o GTR 4 conta com memória interna para armazenamento de músicas e permite a conexão de fones Bluetooth para reprodução.
Além disso, é capaz de receber e efetuar ligações via Bluetooth, utilizando o smartphone em que está conectado, e conta com um recurso que tem se tornado comum para algumas linhas da Amazfit: a Alexa.
É isso mesmo! O dispositivo conta com a assistente virtual da gigante do varejo. Basta apertar e segurar o botão lateral ou acessar o widget disponível nos menus do relógio para ter acesso a função.
No entanto, para funcionar, o vestível precisa estar devidamente pareado com o smartphone, o que é um pouco estranho, já que o relógio pode se conectar de forma independente a uma rede WiFi.
De qualquer forma, graças ao microfone embutido, tanto as chamadas quantos as requisições à Alexa funcionam muito bem, não sendo necessário aproximar muito o relógio da boca. O som emitido pode ser ouvido com clareza, apesar de ser baixo e pouco encorpado.
Mas as funções do relógio não acabam por aí! Como um bom monitor de atividades, o GTR 4 é capaz de acompanhar seus principais índices diários, monitorando estresse, batimentos cardíacos, oxigenação do sangue, horas de sono dormidas e os níveis das suas sessões de treino.
Além dos mais de 150 modos esportivos disponíveis, englobando desde caminhada ao ar livre e natação até jogos de tabuleiro, o relógio é capaz de detectar – de forma automática – dezenas de exercícios de força e até 8 modalidades esportivas, mostrando no app os grupos musculares trabalhados durante a prática; algo bastante surpreendente.
Aqui, uma novidade para os relógios da marca. Apesar do GTR 4 não ter suporte a aplicativos de terceiros de forma embarcada, os dados coletados pelo relógio também podem ser sincronizados no Strava e no Adidas Running.
E por falar em aplicativo, temos o Zeep. Este, com as informações coletadas pelo vestível, é capaz de manter um histórico completo dos dados do usuário, mantendo registro de passos dados, sessões de atividades físicas realizadas – com visualização dos grupos musculares trabalhados, batimentos cardíacos, índices de estresse e oxigenação, informações sobre o ciclo menstrual, registro de sono etc.
Com o dispositivo devidamente conectado via Bluetooth, o app ainda permite que o usuário possa realizar ajustes mais avançados no que envolve a realização das medições, definir alarmes e objetivos, e escolher novos mostradores para a tela.
Além do mostrador padrão, é possível escolher e sincronizar uma nova watchface a partir de uma “loja” embutida no próprio Zeep. Esta, conta com muitas opções disponíveis, com mostradores divididos em uma grande variedade de categorias – sendo que boa parte das opções faz bom proveito da tela AMOLED do dispositivo.
Dono de uma bateria de 475 mAh que pode ser carregada em aproximadamente 2 horas com a base de carregamento prioritária que acompanha o relógio na caixa, o modelo da Amazfit traz consigo uma boa autonomia.
Em nossos testes, com modo Always On ligado durante todo o período, acompanhamento contínuo dos batimentos cardíacos e monitoramento do sono, o relógio foi capaz de chegar à marca dos quase 12 dias longe das tomadas. Isso, sem ativar o modo de economia de bateria.
Logo, quando comparamos a autonomia do vestível da Amazfit com outros dispositivos, podemos dizer que ele está na média. Afinal, não chega a surpreender com uma bateria que dura um mês em uso cotidiano, mas também não decepciona, precisando ser recarregado com 3 dias de uso intenso.
Mas então, vale a pena ou não?
Sem sombra de dúvida, o GTR 4 traz um conjunto bastante completo, com acabamento de qualidade, design agradável, bons recursos e uma boa autonomia, sendo – sem muita dúvida – um dos melhores relógios da marca que já tivemos em nossa bancada.
No entanto, alguns pontos ainda podem incomodar. Além do dispositivo ter uma certa dependência do celular, precisando estar conectado para dar função a Alexa embarcada, o ecossistema dos mini aplicativos ainda é bastante limitado; não trazendo funções tão interessantes e nem apps de peso, como Spotify, Google Fit e outros.
Com isso, colocar o vestível frente a concorrentes como o Galaxy Watch 4, que figura em uma faixa semelhante de mercado, conta com toda a loja de aplicativos do mundo Wear OS – do Google – e ainda traz um conjunto de sensores mais completo, apesar de ficar para trás quando o assunto é autonomia, pode ser uma batalha quase perdida para o relógio da Amazfit.
No entanto, se o GTR 4 estiver em uma faixa mais competitiva, abaixo do modelo da Samsung, e você gostar dos produtos da marca, o modelo da chinesa pode ser uma ótima opção, entregando todos os aspectos positivos que levantamos aqui.
Mas e você, o que achou do modelo da Amazfit? Conta para a gente aqui nos comentários. Como de costume, os melhores preços para o GTR 4, assim como de alguns concorrentes citados aqui, você confere nos cartões abaixo.
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