A reserva indígena Yanomami, em Roraima, recebeu antenas para captar o sinal de internet via satélite. Os pontos de conexão foram instalados pelo Ministério das Comunicações, por meio da Telebras, e pela empresa Starlink, do bilionário Elon Musk.

A instalação da internet via satélite na reserva Yanomami busca ajudar na comunicação entre as equipes responsáveis por prestar toda a ajuda humanitária na região, que é de difícil acesso e não tinha nenhuma conexão, a não ser via rádio ou orelhão.

De acordo com Ministério das Comunicações, foram instaladas 15 antenas do modelo T3SAT (Terminais Transportáveis Telebras por Satélite) na região, que se conectam à internet através do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

O modelo T3SAT funciona conectado a energia e, em caso de falta de eletricidade, possui um sistema de bateria emergencial com duração de 8 horas. A antena permite uma conexão com taxa de download de 20 Mbps e upload de 2 Mbps.

Lançado em 2017, o satélite tem como foco o uso estratégico e militar, entretanto, o governo brasileiro passou a utilizá-lo em desastres e situações de emergência, como em Brumadinho (MG), em 2019, e nas chuvas de Petrópolis (RJ), no ano passado.

O governo afirmou que estuda realizar a instalação permanente na reserva para aumentar a comunicação com o exterior. Vale lembrar que as crianças e adultos Yanomami sofreram uma grave desnutrição em razão do avanço do garimpo ilegal na região.

Já a Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, teve uma antena instalada na terra Yanomami na Serra dos Sururucus, no município de Alto Alegre, em Roraima, próxima à fronteira com a Venezuela. O objetivo também é ajudar as equipes de saúde no local.

De acordo com a Urihi Associação Yanomami, a verba para viabilizar a instalação da antena da Starlink veio de um projeto em parceria com o fotógrafo Gabriel Chaim. Agora, a tecnologia deve ser uma grande parceira para sanar os problemas desse povo.