Uma nova erupção solar, a sétima de classe X no ano, foi registrada na última terça-feira (28), afetando os sinais de rádio em partes do planetas como o o sudeste da Ásia, Austrália e Nova Zelândia, por volta das 11h33, no horário de Brasília. A explosão de raios-X e radiação violeta na velocidade da luz acabou provocando um apagão por cerca de uma hora.

A atividade solar no ano, conforme os resultados até agora, deve ser mais ativa que no ano passado. Ainda assim, essa última erupção solar foi de classe X1.2, menor que outras recentes —a escala pode chegar a devastadores X28. Ainda assim, a classe X já é pior que a classe M, moderada, que também já teve três explosões na quinta-feira (30).

The Sun, X-rated.🌞🚨

Early this morning, a strong X-class #SolarFlare exploded from the Sun. The blast came from a #sunspot region called "AR3256" - catchy as ever.#SpaceWeather⛈️

📸@NASA SDO, 29 March 2023 pic.twitter.com/yjUsSGLdK3

— ESA Operations (@esaoperations) March 29, 2023

A radiação solar extrema ionizou partes da atmosfera terrestre superior, degradando as ondas de rádio de alta frequência. O fenômeno vem na esteira de outros eventos na nossa estrela, incluindo dois buracos coronais gigantes e uma sequência de tempestades que fizeram com que auroras aparecessem nos céus até o sul dos Estados Unidos.

Uma previsão de tempo do Escritório de Meteorologia do Reino Unidos também apontou que erupções mais moderadas são possíveis nos próximos dias, já que há um grupo de manchas solares voltadas para a Terra.

No começo do mês, o Sol produziu uma erupação de classe X2.1. Explosões desse gênero costumam ser acompanhadas por ejeções de massa coronal, fenômenos que enviam enormes nuvens de plasma solar a milhões de quilômetros por hora para o espaço. Essas nuvens podem gerar tempestades geomagnéticas na Terra e afetar redes elétricas e espaçonaves em órbita.