
Economia e mercado 30 Jan
16 de junho de 2023 0
A IBM divulgou seus avanços em pesquisas sobre a computação quântica. Em um estudo publicado na revista científica Nature em 14 de junho, a gigante tecnológica revelou as primeiras evidências de que é possível realizar cálculos e obter resultados corretos nos computadores quânticos com algoritmos de correção de erro.
Pesquisadores da empresa e da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, explicam que foram capazes de usar um computador quântico com processador Eagle de 127 qubits para obter resultados idênticos aos fornecidos pelos supercomputadores clássicos, indicando que os dados processados sofreram menos erros.
A computação quântica, como seu próprio nome sugere, tecnologia as utiliza leis da mecânica quântica para realizar cálculos, teoricamente, de forma mais eficiente que os computadores tradicionais em certos tipos de tarefas. Para isso, os computadores quânticos utilizam uma unidade básica de informação chamada de “qubit”.
Ao contrário dos “bits” com os quais estamos acostumados, os qubits conseguem representar 1 e 0 (sim e não) ao mesmo tempo, graças a um fenômeno chamado de “superposição quântica”, permitindo que cálculos sejam realizados paralelamente. Qubits também podem estar entrelaçados, isto é, variar conforme o estado de outros qubits.
Por outro lado, um dos desafios para a computação quântica é a instabilidade dos qubits. Esses dados são suscetíveis a erros devido à sua sensibilidade à radiação, ruído quântico e outros fatores que interferem em seu funcionamento esperado. Com isso, o computador pode mostrar resultados diferentes ao executar o mesmo cálculo várias vezes.
A IBM pode ter contornado essas dificuldades ao realizar melhorias nos processadores quânticos além de 100 qubits. Segundo o estudo da companhia, houve otimizações nos tempos de coerência — isto é, a manutenção de estados quânticos que permitem a realização de cálculos — e na calibração dos supercondutores que compõem o sistema.
“Estamos entrando nesta fase da computação quântica que eu chamo de ‘utilidade’, a era da utilidade”, disse Jay Gambetta, vice-presidente da IBM Quantum.
A NVIDIA, por exemplo, dedicando suas pesquisas de computação quântica para ampliar a eficiência na produção de motores a jato. Em parceria com a Rolls-Royce e a Classiq, a gigante de hardware fornece sua plataforma para projetar e simular o maior circuito do mundo no segmento, medindo 10 milhões de camadas de profundidade com 39 qubits.
Além dos desafios para tornar os resultados mais precisos, os especialistas buscam otimizar a tecnologia futurista para aplicações específicas. Isso significa que os computadores quânticos ainda não superam, necessariamente, o processamento tradicional.
Nos últimos três anos, a percepção da computação quântica mudou significativamente na comunidade científica. Esse método inovador era visto como uma grande revolução que possuía uma superioridade indiscutível em relação aos computadores tradicionais; hoje em dia, é falado em “utilidade quântica”, prevendo usos muito específicos para a tecnologia.
“O ponto deste trabalho é que agora podemos usar todos os 127 qubits do processador Eagle para executar um circuito muito grande e profundo, e os números que saem estão corretos”, esclarece Kristan Temme, um dos membros da equipe de pesquisa da IBM, liderando o grupo de trabalho sobre a teoria de algoritmos quânticos.
A fim de desenvolver um computador quântico livre de erros, os estudos devem continuar ao longo dos próximos anos, até que esse método inovador de processamento de dados esteja maduro e complemente as atuais tecnologias que temos disponíveis atualmente.
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