A Wi-Fi Alliance anunciou, nesta segunda-feira (08), que está iniciando a certificação de produtos compatíveis com Wi-Fi 7. Isso significa que roteadores, celulares, tablets, notebooks e vários outros dispositivos que atendem às especificações da nova geração da rede sem fio começarão a ser introduzidos no mercado global em breve.

Segundo a aliança, o novo protocolo estará presente em mais de 233 milhões de dispositivos em 2024 — essa quantidade deve saltar para mais de 2 bilhões até 2028. “A introdução do Wi-Fi CERTIFIED 7 marca o surgimento da última geração de Wi-Fi e será um acelerador para a adoção em massa do Wi-Fi 7”, afirma Kevin Robinson, CEO da Wi-Fi Alliance.

É informado que a nova geração da rede será melhor que os padrões existentes em streaming de alta largura de banda e jogos de baixa latência sem fio. A tecnologia deve ganhar espaço em meio às aplicações de realidade virtual e o contínuo interesse do público em trabalho remoto e híbrido, garantindo maior estabilidade em locais públicos.

Já existem vários roteadores no mercado prometendo suporte ao Wi-Fi 7, incluindo o recém-lançado Mesh Predator Connect T7 WiFi 7, da Acer. Contudo, a certificação oficial da aliança permite que os consumidores tenham a garantia de que o produto é compatível com as especificações mais exigentes da nova geração.

O Wi-Fi 7 deve alcançar velocidades acima de 40 Gbps, representando um avanço significativo de picos de transferência em relação ao Wi-Fi 6. Para isso, o novo protocolo “empacota” mais dados em cada transmissão graças à tecnologia 4K QAM, além de oferecer o dobro de tamanho de banda com a adição de um canal de 320 MHz.

Outra melhoria é a capacidade de conectar-se simultaneamente a várias bandas através do MLO (Multi-Link Operation), permitindo a conexão com duas ou três faixas entre 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz. Ao sair do alcance de um dos espectros do roteador, o usuário não precisará aguardar até que o dispositivo se reconecte em outra banda.

Especialistas afirmam que, no Brasil, ainda é necessário investir na ampliação do Wi-Fi 6 para pavimentar a estreia do Wi-Fi 7. No momento, o país ainda debate o uso dividido da faixa de 6 GHz — especificação que chegou com o Wi-Fi 6E e terá seguimento com o Wi-Fi 7 — entre o protocolo de internet doméstica sem fio e a rede celular.