O risco de morte precoce tem aumentado nos homens devido aos baixos níveis de testosterona. Pelo menos, é o que diz a descoberta feita por uma equipe internacional de pesquisadores, mostrando a relação entre esses dois fatores, além de doenças cardíacas que também possuem maior chance de acontecer pela mesma razão.

Esse estudo foi publicado na revista Annals of Internal Medicine e é classificado como uma revisão sistemática e meta-análise. Os cientistas envolvidos são da Universidade da Austrália Ocidental e contou com a participação de pesquisadores das Américas e Europa. A pesquisa avaliou informações de 11 estudos científicos com dados médicos de 24 mil homens.

Com isso, eles identificaram que os homens com baixa concentração de testosterona têm mais chance de sofrer uma morte precoce. Para quem não sabe, o nível do hormônio é considerado baixo quando encontrado em concentrações inferiores a 7,4 nmol/L (213 ng/dL). Mas, há outro detalhe importante sobre esses números.

Quando a concentração é menor do que 5,3 nmol/L (153 mg/dL), os cientistas descobriram que há um risco maior especificamente de morte causada por doenças cardiovasculares. Os idosos foram observados com maior presença em ambos os cenários.

O que é a Testosterona?

Em resumo, a testosterona é o principal hormônio masculino, sendo ele o responsável pelo desenvolvimento de vários atributos. Por exemplo, o crescimento da barba, desenvolvimento dos órgãos sexuais, formato do corpo e engrossamento da voz são todos atribuído a esse hormônio.

Daniel Kelly é bioquímico e professor sênior na Universidade Sheffield Hallam (Inglaterra) e explicou sobre a diminuição do nível, que ocorre naturalmente após os 30 anos:

Essa diminuição ao longo do tempo se deve, pelo menos em parte, a uma lenta diminuição da capacidade dos testículos de produzir testosterona e a uma redução nos sinais que os instruem a fazê-lo.

Nos casos de queda mais acentuada do hormônio, é necessário que um médico endocrinologista prescreva a reposição hormonal. Mas, os homens podem optar por coisas naturais como se alimentar melhor, dormir bem e praticar atividades físicas.

Veja também: a pílula criada por cientistas que simula efeitos de exercícios físicos no corpo e a bateria de sangue desenvolvida com capacidade de gerar energia por meio da hemoglobina.