
Música 31 Mai
21 de junho de 2025 0
A JBL lançou seu fone Tune Flex 2 em fevereiro deste ano, apresentando o acessório no Brasil pelo preço sugerido de R$ 599. Depois de usar o fone em seus dois modos por algumas semanas, chegou a hora de comentar o que achei dele, e se é uma boa opção nessa faixa de preço frente aos rivais disponíveis em nosso país.
O grande destaque, como seu nome já diz, é a possibilidade de usar o fone com ou sem borrachinha de silicone, ou seja, é como se tivéssemos o Galaxy Buds 3 e o Galaxy Buds 3 Pro no mesmo produto, dando a escolha de quanto do mundo externo você quer bloqueado ao ouvir suas músicas. Ele ainda tem ANC adaptativo com modo ambiente, seis microfones e bateria para até 48 horas de uso.
Quer saber tudo sobre o JBL Tune Flex 2 e descobrir se vale comprar o fone? Então é só seguir descendo a página.
A JBL fez algumas mudanças pontuais no Tune Flex 2 em relação ao seu antecessor. A case de carregamento está menor e mais leve, e os próprios fones estão mais discretos. O formato da caixa também mudou, ficando um pouco mais arredondada do que na geração passada. O peso total da caixa com os dois fones é de 41,7 gramas, contra 57,8 do primeiro Tune Flex.
O modelo que recebemos foi na cor branca, mas ele também está disponível em preto e azul, mesmos tons da geração anterior — além de um roxo translúcido. A construção é toda em plástico, sendo vistos três LEDs brancos na parte frontal do estojo de recarga para indicar o nível da bateria, um LED RGB em cada fone para indicar o modo de pareamento, e uma porta USB-C na base do estojo para recarga.
Os fones seguem com visual com haste para apoio nas orelhas, formato que foi popularizado pelos AirPods da Apple. Os fones são pequenos, leves e confortáveis de usar por longos períodos, tendo como grande trunfo a possibilidade de remover as borrachinhas de vedação e escolher se quer usar os auriculares abertos ou isolantes. Isso é muito pessoal, eu mesmo prefiro usar com as ponteiras de silicone por sentir os fones mais “seguros” e melhorar o isolamento passivo de ruído, mas tem quem ache mais confortável usar do outro modo.
Um ponto dos fones que pode melhorar é a sensibilidade dos comandos por toque. A área é extremamente sensível, e não vai ser difícil você realizar algum comando sem querer ao tirar ou colocar os fones na case de recarga. Aliás, seria muito bem-vindo um sensor de proximidade aqui para pausar ou iniciar a reprodução dos fones automaticamente, algo presente em vários rivais.
Mais de uma vez eu deixei o fone cair ou bem perto disso por tentar evitar tocar nas áreas sensíveis ao toque ao tirar os fones da caixa.
Um ponto negativo de usar o Tune Flex 2 na cor branca é, claro, o acúmulo de sujeira. Você vai precisar ficar limpando os fones e o estojo de carregamento o tempo inteiro para evitar que eles fiquem visualmente imundos, o que é bom já que te obriga a manter tudo higienizado, mas é ruim pois eles podem acabar manchando com coisas simples como uma caneta no seu bolso.
Para garantir que eles vão sobreviver a treinos mais pesados ou uma chuva leve, os fones trazem certificação IP54 de resistência contra água e poeira. Mas nada de mergulhar ou tomar banho de chuveiro com eles na orelha, por favor. E a resistência é apenas nos fones, o estojo não deve ficar exposto.
Além do fone dentro de seu estojo, a embalagem ainda traz as ponteiras de silicone em três tamanhos, uma caixinha para transportar um par de ponteiras, e um pequeno cabo achatado USB-C para USB-A na cor laranja característica da JBL.
Vamos ao que interessa, o funcionamento dos fones. Assim que você abre a caixa eles já são reconhecidos em seu smartphone Android graças ao suporte ao Google Fast Pair, aparecendo um pop-up para iniciar a configuração e baixar o app JBL Headphones.
A conexão é feita por Bluetooth 5.3, mais atual que o 5.2 da geração passada, o que ajuda a entregar um uso mais estável — mas cabia um Bluetooth 5.4 aqui, já presente em vários rivais e em outros produtos da própria JBL.
É pelo aplicativo que você vai encontrar os principais diferenciais no funcionamento dos fones, incluindo a definição se está usando ponteiras abertas ou isolantes, se está escutando música, jogando ou assistindo vídeos, o equalizador, o modo de áudio espacial, o nível da bateria dos fones e do estojo, e muito mais.
O app funciona muito bem e tem uma interface bem intuitiva, permitindo encontrar de forma rápida e precisa o que está procurando.
Começando pelo começo, o primeiro ponto é definir qual ponteira está usando, para que o fone regule o equalizador de acordo com a interferência que terá do som externo. Depois disso você pode configurar o nível do cancelamento ativo de ruído (ANC), ou se quer usar as funções Ambient Aware (para ouvir ao redor) ou TalkThru (para conversar com maior qualidade).
O próximo passo é decidir se quer ativar um modo de áudio ou vídeo inteligente. O modo de áudio prioriza a qualidade, enquanto o de vídeo reduz a latência para melhor sincronização labial — se for jogar, esse é o modo mais indicado, ou deixar a função desligada.
Logo abaixo temos a personalização dos controles por gestos nos dois lados dos fones, sendo possível definir se quer gestos para controle do som ambiente, do volume, da reprodução, ou nenhum. Não é possível personalizar comandos de cada gesto, apenas decidir qual “perfil” vai ser usado em cada lado do fone para um toque, dois toques e um toque longo.
Por fim, você pode definir se quer ouvir comandos de voz quando mudar alguma função, como o modo de cancelamento de ruído, sendo possível escolher o nosso idioma português e vários outros.
Passando para as opções de personalização de áudio, a JBL foi muito além do tradicional equalizador — que está presente e bem completo, com faixas de frequência entre 32 e 16 kHz para organizar as faixas graves, médias e agudas de acordo com sua preferência. Estão presentes seis modos predefinidos, além de ser possível personalizar da sua maneira e favoritar para alterar sempre que quiser.
Logo abaixo temos o modo de som espacial, que pode ser ativado para filmes, músicas ou jogos, definindo o “palco” ao seu redor de acordo com as necessidades de cada mídia. Você pode desativar o JBL Spatial Sound se não gostar de nenhum dos três modos.
E então temos um grande trunfo do Tune Flex 2: o Personi-Fi 3.0. Depois de todas as personalizações já comentadas acima, você ainda pode realizar um detalhado teste acústico com os fones para definir uma equalização própria para seu próprio sistema auditivo, com frequências dos mais variados níveis sendo executadas para que você defina o que está escutando.
O teste deve ser feito em um ambiente silencioso, pois o importante é ir avisando quando cada frequência não é mais escutada, para que o algoritmo determine com maior precisão como vai a sua audição. E sim, a diferença ao final é realmente notável, ou pelo menos foi para mim, sendo dada uma nova vida aos fones após a personalização para o meu canal auditivo.
Outras funções legais incluem a equalização dos microfones para chamadas, o retorno de voz personalizável para que você escolha quanto da própria voz quer ouvir, o modo de relaxamento para criar um ambiente ao som de pássaros, natureza, fogueira, folhas ao vento e mar, e o localizador de fones que toca um som agudo para te ajudar a encontrar os fones pela casa.
Falando sobre a qualidade do som, temos cada fone com um driver dinâmico único de 12 mm, mesmo conjunto da geração passada, com frequência de resposta de 20 Hz a 20 kHz. Não é um conjunto ruim, mas já temos modelos rivais entregando drivers duplos em uma faixa de preço similar, o que ajuda a separar melhor as frequências.
O trunfo da JBL está justamente na equalização específica para cada usuário, e na versatilidade do Tune Flex 2 ao poder ser usado tanto com ponteiras quanto em formato aberto, o que permite a ele agradar uma gama muito maior de usuários.
No geral o que se vê — ou ouve, no caso — é um som com graves bastante presentes, algo característico do “Pure Bass” da JBL. É questão de gosto, vai ter quem prefira graves um pouco mais contidos para dar mais espaço aos médios — e para isso mesmo serve o equalizador —, mas no geral já vai ser um som que agrada o usuário convencional sem exigências profissionais.
O áudio espacial é interessante tanto em músicas quanto em vídeos e jogos, criando um palco virtual para o som que realmente dá a impressão de que ele está vindo de vários lugares ao seu redor. Não funciona perfeitamente com tudo, claro, mas já é um incremento em relação ao som “2D” tradicional.
Talvez o grande ponto aqui que faz falta mesmo é o suporte a codecs mais avançados, como o LHDC 5.0 e o LDAC, e justamente por isso o Tune Flex 2 não tem certificação Hi-Res. Não que vá fazer falta ao usar o Spotify ou outros serviços de streaming mais simples, mas se você tem uma coletânea de músicas em alta definição pode acabar sentindo a diferença.
Já em relação ao ANC, não tenho muito o que criticar. Ele funcionou bem em viagens de carro, ônibus e avião, servindo para isolar bem o som do mundo externo e permitir que você se concentre no que quer ouvir — ou apenas “suma” com o que não quer ouvir. No geral usei o ANC no nível 1, sendo o máximo de 6 ao usar as ponteiras abertas e 7 ao usar as ponteiras isolantes.
O modo ambiente e o TalkThru também funcionam como esperado, abrindo uma janela ao mundo externo para que você possa prestar atenção aos avisos de segurança antes do voo ou responder o caixa do supermercado. O primeiro mantém o volume e usa os microfones para que você ouça também o mundo externo, enquanto o segundo reduz ao mínimo a música para que você foque nas conversas.
Cada fone traz três microfones, que são usados tanto para cálculo do ANC quanto para chamadas. Tanto pelo número quanto pela posição, o que interessa é que a qualidade do Tune Flex 2 em chamadas é muito boa. Você consegue ser ouvido sem problemas do outro lado da linha mesmo no modo natural, estando disponíveis ainda dois ajustes para deixar sua voz mais potente ou cristalina.
Um ponto de avanço claro no Tune Flex 2 em relação ao antecessor foi a bateria, que quase dobrou a autonomia. A JBL promete 12 horas de reprodução sem ANC e 8 horas com a função ativada para os fones, e até 36 horas extras com a carga do estojo, totalizando até 48 horas de uso contra 32 horas do primeiro Tune Flex.
E nossos testes mostraram que é possível conseguir algo perto disso mesmo. Em uma viagem longa de avião com o ANC ativado recebi o alerta de bateria baixa com cerca de 7 horas de voo, e foi possível usar os fones durante todo o trajeto que durou mais de 30 horas somando todos os voos e outros meios de transporte.
O tempo de recarga foi mantido como na geração passada, levando cerca de 2 horas para preencher totalmente o estojo quando ele estiver com a bateria zerada. Não é o mais rápido que já vimos, mas já é suficiente para que alguns minutos na tomada entreguem bateria suficiente para horas de uso.
A JBL tem um portfólio gigantesco de fones de ouvido, e o Tune Flex 2 consegue se destacar nesse mar de opções.
Ele entrega versatilidade única em relação aos concorrentes por permitir ser usado em modo aberto ou isolado, tem um nível de personalização profunda com o Personi-Fi 3.0, tem um ANC eficaz e também muito personalizável, bateria que dura bem e uso confortável. O áudio não é exatamente o mais fiel do mundo, mas para o preço cobrado e o público-alvo já dá conta, e ainda tem um ótimo microfone.
Os pontos a melhorar são a falta de sensores de presença para entender quando os fones estão de fato em uso ou não, os controles por gestos que deviam ter algum meio de identificar toques acidentais ao remover os fones do estojo, e a ausência de codecs mais avançados para áudio Hi-Res. Um segundo driver também seria ótimo, mas provavelmente aumentaria um pouco o preço dos fones.
O Tune Flex 2 é vendido oficialmente pela JBL por R$ 599, mas pode ser encontrado no varejo abaixo dos R$ 500. Alguns rivais presentes no Brasil são o realme Buds Air 7, que se destacou em nossa análise pela boa bateria e carregamento veloz, custando R$ 539, e o Redmi Buds 6 Pro, que traz drivers duplos e bateria para até 42 horas de uso, sendo vendido oficialmente por R$ 569,99.
No geral, o modelo da JBL é uma ótima opção para quem quer um fone confiável e extremamente personalizável, podendo se adaptar a basicamente qualquer tipo de usuário — desde que não tenha exigências profissionais na qualidade sonora.
Mas e você, o que achou do JBL Tune Flex 2? Acha que a proposta de um fone “2 em 1” faz sentido? Comenta aí embaixo!
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