HTC One M9 foi lançado na Mobile World Congress (MWC) no início de março, mas as últimas semanas foram o suficiente para uma certa infama ser criada quando o novo flagship taiwanês é o assunto. No mesmo dia de seu anúncio oficial, em Barcelona, Espanha, um teste preliminar resultou em um alerta de superaquecimento, causado pelo polêmico Qualcomm Snapdragon 810 com seus oito núcleos. O feito foi repetido em outra ferramenta de benchmark, que apontou temperatura de 55°C, ou seja, 10 graus a mais do que o normal em dispositivos móveis.

Entretanto, contrariando todas as especulações sobre o real culpado ser o conjunto formado pelo processador e placa gráfica, Jeff Gordon, gerente global sênior de comunicações on-line da HTC, afirmou que a causa verdadeira era a versão do software utilizado pelo carro-chefe, que ainda não estava finalizada. Portanto, a resolução do calor excessivo apresentado pelo aparelho seria corrigida através de uma simples atualização do sistema operacional. No início desta semana, foi justamente isso o que aconteceu, com a taiwanesa disponibilizando o primeiro update após a MWC.

Ao que tudo indica, atualizar a plataforma realmente resolveu o problema do One M9. De acordo com testes realizados pelo site Tweakers.net, o gadget de Taiwan conseguiu se preservar 41,7°C ao ser analisado em benchmark. Como é possível visualizar na imagem acima, o metal traseiro do smartphone foi capaz de dissipar bem o calor, ao invés de manter a temperatura centralizada somente no processador. Inclusive, o resultado alcançado pelo celular foi melhor do que os demais rivais presentes na fotografia térmica.

Embora esteja sendo alvo de duras críticas, One M9, ainda mais se conseguir superar os contratempos, é um dos dispositivos mais poderosos da atualidade, portando uma tela 5 polegadas em resolução Full HD (1920 x 1080 pixels), 3 GB de RAM, modelos partindo de 32 GB de memória para o armazenamento interno, câmera principal e frontal de 20 e 4 megapixels, respectivamente, bateria de 2840 mAh, Android 5.0 Lollipop com interface Sense 7 e, é claro, o chipset Qualcomm Snapdragon 810. Será o fim da polêmica do chipset?