28 Maio 2015
Um analista do Goldman Sachs recentemente citado no New York estima que pelo menos 75% do lucro da Google tenha origem em aparelhos com o sistema iOS. Para ele, metade do lucro de 11.8 bilhões de dólares que a empresa de São Francisco conseguiu em 2014 tem origem em um acordo com a Apple. Basicamente, o Google é o buscador oficial dentro do Safari, e isso traria um enorme lucro para a empresa em termos de propaganda.
Com o aumentar das tensões entre as duas empresas este quadro poderia ser revertido, fazendo com que a Apple mudasse o seu padrão para o Bing, Yahoo ou um produto próprio. Atualmente o Google paga cerca de 1 bilhão de dólares por ano para se manter como buscador padrão do Safari, mas a Apple poderia abrir mão deste dinheiro para perseguir novas oportunidades.
É um rumor antigo que a empresa da maçã estaria trabalhando em um buscador próprio, oriundo da aquisição da Topsy em 2013, uma empresa voltada para ferramentas como o analytics. Realmente perder a padronização no iOS seria um retrocesso para o Google, mas será que o analista está mesmo falando a verdade em em sua suposição? Vamos pensar, quantos iPhones existem no mundo? Quantos browsers utilizam o sáfari para fazer sua navegação?
Se o iPhone é responsável apens por 20% do mercado mundial de telefones, e o Safari tem um número ainda menor na lista de navegadores, ambas dominadas pelos produtos da Google (no caso o Android como sistema mais popular e o Chrome como navegador mais popular) como metade do lucro do buscador vem de dispositivos iOS?
Sabemos que os consumidores da Apple gastam mais dinheiro do que aqueles do Android, mas o lucro destas estatísticas está vinculado apenas a vendas de aplicativos. No tocante a propaganda, não faz sentido que o usuário da Apple rendesse tão mais dinheiro de propaganda ao buscar alguma coisa do que o usuário de Windows ou Android.
Dado o absoluto domínio do Google Chrome e dos smartphones com OS da empresa, o que parece é que esta declaração é uma mera especulação infundada para gerar rumores e movimentar o mercado.
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