Tech 13 Jul
Durante o evento Google Cloud Platform, em Londres, nesta quarta-feira, Phil Keslin, CTO da Niantic, compartilhou algumas informações sobre o impacto que Pokémon GO teve logo nos primeiros momentos em que foi lançado, que deixou a equipe totalmente surpresa com uma demanda que chegou a 50 vezes maior do que as estimativas iniciais antes do lançamento.
"Nós não tínhamos ideia do que estava prestes a acontecer", disse ele, acrescentando que rapidamente souberam que tinham um "foguete" em suas mãos. Keslin explicou que no prazo de seis horas após o lançamento do jogo na Austrália e Nova Zelândia a demanda estava em 50x superior à previsão que a empresa tinha do "pior cenário" para a demanda global.
Austrália e Nova Zelândia eram para ser quatro por cento da nossa demanda total. Quando um gerente de engenharia de Pokémon GO descreveu o que estava acontecendo, o queixo de todos caiu e o CEO [John Hanke] disse: "Eu não acredito nisso"
O gráfico abaixo mostra a demanda que o jogo teve nos sistemas da Niantic em comparação com as piores previsões, representadas pela marca em vermelho. Ou seja, a demanda subiu 50x acima do pior cenário previsto.
Mas o que isso tem a ver com o evento do Google? Keslin explicou que foi possível atender a essa demanda graças à escalabilidade da plataforma em nuvem do Google (Google Cloud Platform) que permitiu permanecer on-line e manter o ritmo com o crescimento. Isso era especialmente importante porque nos momentos iniciais, a Niantic tinha apenas quatro engenheiros trabalhando no Pokémon GO.
Ele conta que na ocasião a equipe ficou bastante tempo sem poder dormir, e fez uma chamada para o serviço suporte do Google, Google Customer Reliability Engineering, e avisou: achamos que [a demanda] vai ser enorme. Assim, o contato da companhia de Mountain View ofereceu o apoio necessário para "salvar" a Niantic.
Na época, a Niantic ainda não era tão conhecida no mercado. Mas hoje, ter a desenvolvedora de Pokémon GO usando os serviços de nuvem do Google é, obviamente, um ótimo portfólio para a gigante das buscas. Principalmente se ela quer enfrentar a concorrência de serviços como Azure da Microsoft e o Amazon Web Services (AWS).
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