As empresas de tecnologia possuem um banco de dados surreal sobre os reles mortais - praticamente todos nós. Prova disso é o fato do Snapchat anunciar uma parceria com o Oracle Data Cloud para oferecer aos seus usuários anúncios com base no que eles compram no mundo real, assim como acontece com o Facebook.

A parceria envolve os dados de compra offline do banco de dados da Oracle. Essas informações serão usadas para segmentar consumidores e apresentar anúncios considerado relevantes na rede social, que a cada dia perde mais popularidade graças ao Instagram Stories.

E o Snapchat que não é bobo nem nada já tem dois parceiros nesta primeira fase. As montadoras Honda Kia, que poderão segmentar seus anúncios baseados em 100 categorias diferentes. Essas categorias são formadas a partir de dados de compras, como explicado. Ou seja, se você comprou um item cosmético ou de tecnologia com seu cartão de crédito em uma loja, os anunciantes saberão disso.

Diferentemente do Facebook que restringe o número de visualizadores de uma postagem ou anúncio, o Snapchat já permite que os anunciantes atinjam os seus 150 milhões de usuários diários com base em seu comportamento dentro do aplicativo, mas essa será a primeira vez que a empresa abrirá sua plataforma para dados de terceiros.

A busca por mais formas de monetização do Snapchat está relacionada à expectativa de que a companhia liderada por Evan Spiegel, o jovem executivo da imagem acima, finalmente realize sua aguardada abertura de capital em 2017. O processo deve valorizar a empresa em mais US$ 25 milhões.

Há poucas semanas, um antigo funcionário da companhia processou a empresa por questões trabalhistas. Ele alega que foi demitido por não concordar com a política de inflar número de usuários e utilizadores. Anthony Pompliano defende a tese de que seus superiores simplesmente ignoraram a questão mostrada por ele.